Visibilidade do cheerleading aumenta no Paraná

Recentemente reconhecido como esporte oficial, a prática vem ganhando cada vez mais espaço no estado
Por Amanda Gabrielle, Carolina Nassar e Jessica Pretto
A caminho de ser reconhecida como esporte olímpico, a prática do cheerleading vem se fortalecendo no Paraná, que é o único estado do Sul do Brasil com uma competição estadual oficial. A participação de equipes no 3º Campeonato Paranaense de Cheerleading, realizado em Curitiba em outubro, saltou de 17 para 35.
Apesar do cheerleading ainda não competir nas olimpíadas, já foi incorporado ao Comitê Olímpico Internacional (COI), e é oficialmente considerado um esporte. A presidente da Associação Paranaense de Cheerleading (APC), Marcia Derenevich, conta que ainda existe uma visão bem estereotipada de que o cheerleading são só menininhas dançando com um pompom. “Toda vez eu respondo que é um esporte unissex, que a gente não só dança. É um esporte difícil, que exige muito preparo físico”, afirma ela.
No mês de outubro, foi realizado em Curitiba o 3° Campeonato Paranaense de Cheerleading. A APC realizou o evento no Ginásio Do Tarumã, um dos maiores de Curitiba. Foram 35 equipes participando do torneio e, em média, 900 espectadores. A campeã foi a equipe Beecheer, de Maringá, que recebeu o prêmio no valor de R$ 400,00 e levou o título de Grand Champion 2019.
Derenevich, que também é responsável pela organização do evento, afirma que na competição deste ano houve significativo crescimento da disputa, dobrando o número de equipes participantes desde a primeira edição, em 2017. Ela também conta que o Campeonato teve grande atuação na visibilidade do esporte no Paraná e que é o único que reúne todas as categorias do cheerleading.
Uma das equipes participantes, Crococheer, de Curitiba, que além de participar das três edições do Campeonato Paranaense, também competiram no Campeonato Nacional de Cheer & Dance/SP (2017), e do Campeonato Brasileiro Cheerleading/RJ (2018). A coach da equipe, Jhenifer Dias, conta que a competição teve grande influência no crescimento na visibilidade do esporte no estado, havendo maior divulgação e entrevistas pré campeonato em rádio e na televisão no dia do evento. Afirma, porém, que ainda há mudanças que precisam ser feitas na organização da disputa: “Acreditamos que a parte de infraestrutura ainda deve melhorar em relação a área de apresentação (tablado), e o retorno de som também tem sido prejudicado pelo amplo espaço do ginásio ”, diz ela. “Mas são aquisições futuras que devem acontecer com o reconhecimento do esporte e o surgimento de melhores espaços de treino para as próprias equipes, uma vez que muitas delas nem mesmo tem tatames para treinar”.
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