Times de futsal fortalecem cenário LGBTQ+ em Curitiba

Uma simples conversa com amigos, foram fundados dois clubes de esportes voltados para a comunidade em prol a visibilidade da diversidade.
O time de esportes “Capivara Esporte Clube” foi fundado em novembro de 2017, possuindo sua formação com as principais modalidades; Futebol, Futebol feminino, Handbol masculino e feminino, e Voleibol também masculino e feminino. Com o objetivo de incluir pessoas que queiram fazer esportes. Além disso, também é aberto para pessoas simpatizantes a comunidade.
Para a criação do clube, o presidente Juliano Cerci, conta que a ideia de montar um time surgiu despretensiosamente sem querer fazer um protesto em prol a visibilidade homossexual. “Em uma conversa com os meus amigos, queríamos montar um time, no qual pudéssemos ser nossa essência, e ao longo do processo vimos que queríamos mais do que isso, queríamos incluir mais pessoas”, afirma.
O projeto começou com o futebol, de boca a boca, entre os 152 integrantes há advogados, médicos, publicitários, bancários. Todos eles, visando uma ampliação de inclusão. Deste modo, por um lugar livre de preconceitos, um time como o Capivara, conta com treinos semanais, nas quatros modalidades visando algumas competições, em que os treinos são abertos para todos.
Desta maneira, as atividades se restringem apenas às quadras esportivas. De acordo com um dos integrantes, Felipe Ilkin, o clube também tem ações sociais. “Durante o ano todo fazemos ações sociais, para levarmos informações e quebrarmos barreiras não somente no esporte”, completa. Ainda de acordo com Ilkin, entre os projetos feitos pelo clube estão; A campanha do agasalho ‘”Kpimães”, que proporcionou uma tarde recreativa com as crianças do Lar Antônia; “Kpichristimas” em parceria com o Mami (Mães de Amor Incondicional) e debates com o poder públicos para movimentos sociais.
Da mesma maneira que o Capivara Esporte Clube foi criado, surgiu o Taboa FC. De acordo com o criador e presidente, Silvio Alves, além da inclusão LGBTQ também há a inclusão da terceira idade. “Quando criamos o time, nem sabíamos da existência de outros, e ao decorrer de pequenos campeonatos conhecemos os meninos do Capivara, além da nossa visibilidade, também há membros do Taboa que são da terceira idade, somos todos amigos”, afirma.
Para o jogador do Taboa FC, Carlos Felice, o time não possui a representatividade feminina, mas ao decorrer do crescimento do clube, irá surgir a oportunidade da criação. “Quando criamos, em nenhum momento foi para ser afronte à sociedade, e sim, uma maneira de sermos, de existirmos. Porque sim, há muito preconceito no esporte, e estamos pensando em ampliar nossas modalidades também” completa.
Assim como o Capivara, o Taboa FC também realiza ações beneficentes em Curitiba. O projeto de inclusão, para todas idades, porem sem uma representatividade feminina. Em ambos os times, para fazer parte é só entrar em contato na página do Facebook, e comparecer aos treinos, churrascos e ações. De acordo com Alves e Cerci, o importante é estar e se sentir bem livres de preconceitos.