Roda de choro traz MPB a Curitiba

por Julius Nunes
Roda de choro traz MPB a Curitiba

Gênero anima público que busca por alternativa musical

Alana Dombrowski Lima

Julião Boêmio (à esquerda), no cavaquinho, e Lucas Melo, com o violão sete cordas, comandam as rodas Foto: Divulgação

Julião Boêmio (à esquerda), no cavaquinho, e Lucas Melo, com o violão sete cordas, comandam as rodas
Foto: Divulgação

Fundada pelos músicos e professores do Conservatório de Música Popular Brasileira (CMPB) Sérgio Albach, João Egashira e Cláudio Menandro, a Roda de Choro – ou chorinho, que recebe esse nome devido ao jeito marcadamente sentimental de abrasileirar as músicas europeias – de Curitiba está há 12 anos em cena e vem com o intuito de divulgar esse gênero genuinamente brasileiro e que serviu de inspiração a muitos compositores populares e eruditos, como Heitor Villa Lobos.

Para o músico Lucas Melo, um dos organizadores da roda, e que dá vida ao seu violão de sete cordas, os encontros têm uma importância enorme para a cultura curitibana, já que: “além de funcionar como um núcleo de referência no choro em Curitiba para estudantes, instrumentistas e chorões em geral, proporcionam uma apreciação musical de boa qualidade e aberta ao público”, afirma.

O professor e parceiro de Melo, Julião Boêmio, que frequenta a roda desde 2004, no cavaquinho, diz: “Para mim, a roda do Conservatório foi muito importante, pois sempre me incentivou a seguir a linha do choro. Dali saíram muitas parcerias e composições”.

Sete cordas

A escolha de Melo pelo violão de sete cordas não foi por acaso. “O violão é um instrumento muito completo e muito gostoso de tocar. Não é à toa que boa parte da população brasileira gosta e toca pelo menos um pouco de violão. O violão de sete cordas no choro, dentro do regional (grupo de choro), tem uma função muito interessante, que são frases que formam um tipo de contraponto à melodia, as chamadas “baixarias”, que de modo geral se tornaram uma característica marcante do violão brasileiro, graças a Dino 7 cordas, Rafael Rabello e muitos outros”, diz.

O cenário da MPB em Curitiba 

Segundo Melo, o panorama do samba e do choro em Curitiba está em plena ascensão, com grandes instrumentistas e compositores. “Especificamente, relacionado ao samba, existem projetos muito bons em Curitiba, como: Samba da Tradição, Samba do Compositor Paranaense e Samba do Sindicatis, que são iniciativas em favor da divulgação e disseminação do samba na cidade”, comenta o músico.

A roda

A roda ocorre todas as quintas-feiras, às 17:00h, no CMPB (Rua Mateus Leme, 66, Largo da Ordem – São Francisco), com entrada gratuita. Conforme Melo, “geralmente há um bom público. O pessoal adora! Inclusive, tem alguns mais assíduos, que dificilmente faltam uma roda”. Vale a pena conferir!

 

Acompanhe um trecho da roda de choro:

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Equipe: Bruna Caroline Santos Cavalheiro, Daniele Dalla Libera Alcoléa

 

 

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