Plano de estrutura cicloviária de Curitiba recebe críticas da comunidade

por Gabriel Miranda Malucelli
Plano de estrutura cicloviária de Curitiba recebe críticas da comunidade

A meta do plano é construir mais 200 km de malha cicloviária em Curitiba até 2025. Em um ano, apenas sete km estão construídos

Por Carlos Mazetto, Gabriel Malucelli, Guilherme Maioli

O Plano de estrutura cicloviária de Curitiba recebeu duras críticas de organizações ligadas ao ciclismo, à engenharia e à arquitetura. De acordo com as organizações o texto não apresenta políticas públicas de mobilidade sustentável e não teve participação popular em sua elaboração. Idealizado pelo Instituto de pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC) em parceria com o Conselho da Cidade (Concitiba) foi lançado em primeiro de novembro por decreto do prefeito Rafael Greca (DEM). Contestando as afirmações o IPPUC assegura que houve participação da sociedade civil organizada.

O coordenador da Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu de ciclistas (Ciclo Iguaçu), Fernando Rosenbaum, explica que poucas sugestões dos ciclistas foram aceitas, como mais pesquisas e dados.“Só há duas pesquisas no plano, uma de origem-destino outra do perfil do ciclista. Mas não aceitaram nossas pesquisas, realizadas com mil ciclistas da cidade, com questionário qualitativo. Fizemos contagens e sugerimos melhorias em cruzamentos, onde há muitas mortes”  relata o coordenador.

Para o coordenador, o lançamento do plano foi “um grande ato publicitário para dizer que vão dobrar o número de ciclovias até 2025, mas não há recursos previstos para isso.”

Para o Deputado Estadual Goura Nataraj (PDT), falta compromisso por parte da atual gestão ao prometer mais de 200 km de malha cicloviária para 2025, “com uma visão mais proativa e engajada com o uso da bicicleta poderíamos dobrar essa malha cicloviária em um ou dois anos”, explica.

O IPPUC afirma que não apenas houve participação da comunidade como também acataram algumas das sugestões da Cicloiguaçu. Em nota a instituição informa que houve seis reuniões com os participantes do Concitiba e representantes do poder público, com extensas discussões  acerca do tema. 

A instituição concluí que “a prefeitura cumpriu o seu papel ao instituir um Plano de Estrutura Cicloviária com metas estabelecidas cumprido assim o que está previsto no plano de mobilidade”

O que é o Plano de Estrutura Cicloviária

É um Plano feito pelo IPPUC da Prefeitura de Curitiba que beneficiaria a intermodalidade ou multibolidade do deslocamento dos ciclistas das Capital Paranaense fazendo laços de conexão ligando duas ciclovias em uma só por meio de sinalização e uma infraestrutura adequada, o plano também prevê fazer uma melhora na iluminação em ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas para melhorar na segurança de quem anda de bicicleta a noite.

Para a construção da malha cicloviária é levado em consideração uma hierarquia de segurança, o elemento mais frágil é o pedestre pois precisa de uma atenção prioritária devido a sua necessidade de proteção, os ciclistas ganham destaque nessa hierarquia também devido a baixa emissão do CO2 e por ser alternativa para  redução de congestionamentos em uma intenção de melhor aproveitamento do espaço público.

Também é visto através do Plano uma base de pesquisa em relação de acidentes com bicicletas onde grande parte é ocorrido de uma colisão com algum outro veículo em sua maioria com carros, além disso é também analisado qual o local que as pessoas mais vão de bicicletas e qual o tempo médio de deslocamento entre outros infográficos que são encontrados no Plano de Estrutura Cicloviária que está disponível no Site do IPPUC para que todos possam ver.

 

 

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