Peça Versão Proibida causa reflexão do público

por Equipe Festival de Teatro
Peça Versão Proibida causa reflexão do público

A peça retrata de forma descontraída como podemos tornar o mundo melhor com atitudes diárias

Por Eluiza Brunnquell, Isabella Serena e Laura Carlotto

Aconteceu hoje (03) a quarta apresentação do espetáculo “Versão Proibida 3 – A criação”. A peça conta a história  de uma possível volta de Jesus hoje e como seria se Ele visse os problemas do mundo atual.

Com estreia nacional em Curitiba, a peça retrata Jesus como um profeta que picha os muros da cidade tentando combater, e tornar visível, os problemas sociais vividos, como por exemplo, a comercialização da fé e a violência das escolas públicas. No desenrolar do espetáculo, essas questões são apresentadas de forma realista e, no fim, o espetáculo passa a reflexão que o “Jesus” está dentro de cada um de nós, e que nos nossos pequenos atos diários podemos combater e ajudar a melhorar o lugar em que vivemos.

A equipe conta que a ideia inicial era tocar o público e fazer todos perceberem que a mudança está em nós mesmos. “A gente achou muito importante nesse momento, onde as pessoas perderam a esperança de tudo, que tínhamos que proclamar o amor e buscar um mundo melhor. Criamos essa ‘utopia’ de que todos podemos, que todos querem que todos mudem, mas a gente realmente não muda”, relatam os diretores Fábio Guará e Eduardo Cravo.

A peça é encenada com muitas luzes, dublagem e músicas que impactam o público, mas não abrange apenas uma religião, retratando o personagem “Jesus”. Guará diz que apesar de ser cristão, e buscar por partes bíblicas, a equipe de direção optou por não ter uma posição: “A gente pegou todas essas partes da Bíblia, só que achamos que era meio ‘piegas’ falar disso. Então, por que mostrar a cara desse cara? Será que ele já não tá por aí? É uma coisa possível”.

O ator Celso Jardim relata importância social que a apresentação traz não só ao público, como também a eles mesmos: “Antes de chegar na plateia, a mensagem chegou em cada um dos atores durante o ensaio. Cada um teve seu momento de olhar a cena do companheiro e de alguma maneira ser tocado pela mensagem, então foi um processo que modificou cada ator.” Ele diz que é gratificante ao final da peça perceber que a mensagem foi recebida pelo público, e que de alguma forma mudou o modo de pensar.

No final do espetáculo, o grupo de atores abriu espaço para um debate com a platéia.

“Versão Proibida 3 – A criação” está em cartaz no Teatro Universitário de Curitiba (TUC) e tem sua última sessão marcada para amanhã (04), às 11h.

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