Peça “No dia seguinte – a quase história da tevê brasileira” leva humor ao palcos de Curitiba

Na peça são dispostas a frente do palco monitores antigos remetendo aos estúdios de televisão

Por Bruna Colmann e Sabrina Ramos

Aconteceu nesta quinta-feira(4) a última apresentação da peça “No Dia Seguinte – A Quase História da Tevê Brasileira”, do grupo de teatro Antropofocus. O espetáculo ocorreu no Teatro Fernanda Montenegro, localizado dentro do Shopping Novo Batel, e integra as atrações Fringe do Festival de Teatro de Curitiba.

A peça foi criada em fevereiro de 2016 e cada apresentação é única, pois desenrola-se através da participação da plateia. O primeiro bloco do espetáculo segue um roteiro fixo, já o segundo começa a partir de uma entrevista com um espectador, na qual compõe a base da improvisação que desenrola-se até o fim da peça.

O diretor da peça, Andrei Moscheto, enfatiza a importância da arte da improvisação para lidar com problemas do cotidiano e de como esta técnica é fundamental tanto para atores quanto para não atores. Já sobre o espetáculo, Moscheto afirma que “estava tudo ensaiado para a estreia (da tevê), mas não tinha nada pronto para a sequência dela”.

O espetáculo é uma convergência dos meios de comunicação, e faz críticas à desigualdade de gênero e à manipulação da mídia de forma humorada. A peça se passa no estúdio de tevê Anhanguá, na década de 1950 e retrata o despreparo dos veículos de comunicação em continuarem sua programação. Além disso, o espetáculo traz ao palco o drama das telenovelas comum na época.