Paulo Opuszka

por Bruna Eugenia de Cassia Quaglia Colmann
Paulo Opuszka

Paulo Opuska (PT) é candidato ao cargo de prefeito de Curitiba. Professor de Ensino Superior, esta é a primeira vez em que ele concorre ao cargo de gestor da cidade. Seu vice é o Delegado Pedro Filipe. 

Confira as checagens feitas pela nossa equipe:

“O Partido dos Trabalhadores não ataca o Presidente da República e sim ataca as políticas implementadas pela irresponsabilidade do Presidente da República.”

 

A fala do candidato Paulo Opuszka (PT) no debate da BAND realizado no dia 1º de outubro 2020 (minuto 26;20 – 26;29) é generalizada, pois ele afirma que o Partido dos Trabalhadores (PT) não ataca o Presidente da República. Em matéria publicada na Folha de São Paulo no dia 8 fevereiro de 2020 sobre o evento em comemoração aos 40 anos do PT, o ex-prefeito de São Paulo e candidato à presidência do Brasil em 2018, Fernando Haddad, ataca Bolsonaro em seus discursos, citados na reportagem, dizendo que o maior custo que o Brasil tem é o Bolsonaro, além de citar a ofensa do presidente à Brigitte Macron mencionando que o mesmo ofende diversas pessoas.

Entende-se as falas de Hadad como ataques ao presidente, e não diretamente às políticas implementadas por ele. Mesmo não sendo falas do candidato Paulo Opuszka, é um discurso de um representante do Partido dos Trabalhadores, o qual ele faz parte. No debate Paulo, cita que o partido não ataca o presidente.

No dia 22 de setembro de 2020, o candidato Paulo Opuszka fez um comentário em sua conta do twitter sobre uma fala do atual presidente da república dizendo no início da postagem: “Mais um discurso vergonhoso do Bolsonaro.” Entende-se que, para além das críticas às políticas implementadas pelo presidente, nesse tweet Paulo realizou um ataque à Bolsonaro, contradizendo sua fala no debate realizado no dia 1º de outubro de 2020 na Band.

Com base nisso, podemos afirmar que a declaração do candidato é falsa. 

“Com o Lula, Brasil saiu do Mapa da Fome”

 

A informação inserida por Paulo Opuszka (PT) em seu vídeo de propaganda eleitoral postada no dia 26/10 em seu canal do YouTube (minuto 0;01 – 0;04) sobre “Segurança Alimentar” foi colocada de maneira inadequada e incompleta. No contexto em que foi inserida, está sujeita à interpretação errônea de que foi durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003 – 2011) que o Brasil saiu do Mapa da Fome, utilizado pela ONU e outras organizações para concentrar medidas visando a erradicação da fome no planeta. De acordo com o site do Instituto Lula, em matéria publicada no dia 13 de maio de 2020, o Brasil deixou o Mapa da Fome durante o primeiro mandato da ex-presidenta Dilma Rousseff, em 2014.

É correto afirmar, segundo informações do site, que programas implementados na gestão de Lula, como o Bolsa Família e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), foram essenciais para que o Indicador de Prevalência de Subalimentação ficasse abaixo de 5%. No entanto, os programas foram posteriormente aprofundados no governo Dilma e só então o Brasil deixou o Mapa. De acordo com matéria publicada no site da Câmara dos Deputados em 25 de abril de 2019, o trajeto até 2014 envolveu políticas públicas junto a ministérios, governos estaduais e prefeituras.

Com base nisso, podemos afirmar que a informação pode ser caracterizada como imprecisa.

“Mas o Brasil viveu em 2014 talvez o único momento em que a gente teve pleno emprego”

 

Em entrevista ao Bem Paraná, o candidato à prefeitura de Curitiba, Paulo Opuszka, dentre outras declarações, disse que sua administração será voltada aos bairros periféricos da capital paranaense.

Quando questionado sobre a postura do Partido dos Trabalhadores em relação aos escândalos da Petrobrás, o candidato diz que o PT sempre combateu a corrupção, mencionando que: “O Brasil viveu em 2014 talvez o único momento em que a gente teve pleno emprego”.

De acordo com reportagem do Jornal da Globo, divulgada pelo G1, em 2014 o Brasil teve a menor taxa de desemprego já registrada desde 2003, confirmando, em parte, a fala do candidato Paulo Opuszka (PT). A matéria menciona ainda que na média anual, 4,8% da população das regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Porto Alegre ficaram desempregados.

Ainda que o número seja baixo, a situação do emprego não poderia ser descrita como “plena”. A informação, portanto, é imprecisa e exagerada.

Checagens realizadas por Beatriz Artigas, Bruna Colmann, Carolina Nassar, Isadora Deip e Sthefanny Gazarra

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