Parto Humanizado não é lei em Curitiba

O serviço deveria ser oferecido por toda a rede do SUS, mas é apenas uma recomendação
Leticia Garib, Luís Ribeiro, Luiza Romani e Vitória Gabardo
De acordo a Prefeitura de Curitiba, “toda mulher tem o direito de receber informações sobre os procedimentos que serão realizados no parto, com as indicações para cada um (cesariana, parto normal e outros procedimentos). Além de ser orientada no pré-natal, ela também deve ser acolhida no caso de abortamento”.
Estados brasileiros como São Paulo, Mato Grosso e Distrito Federal já sancionaram leis que garantem o direito da gestante ao parto humanizado. Em Curitiba, apesar de ser uma recomendação em todos os hospitais do Sistema Público de Saúde (SUS), o parto humanizado ainda não é garantido por lei.
O enfermeiro do SUS Everson de Lima, diz que apesar de não haver uma lei específica, Curitiba é pioneira quando se trata de parto humanizado. “Temos, por exemplo, a lei do vereador Edmar Colpani contra a violência obstétrica”.
A lei em questão, obriga a divulgação da Política Nacional de Atenção Obstétrica e Neonatal, através de cartazes informativos ou cartilhas nas maternidades, hospitais, unidades de saúde e consultórios médicos especializados em obstetrícia em Curitiba. A mesma foi sancionada em 16 de janeiro de 2015 pelo então prefeito Gustavo Fruet, e determina que qualquer ato contra gestantes praticados por profissionais da área da saúde, que ofendam de forma verbal ou física será considerado violência obstétrica.
O enfermeiro também ressalta a existência do programa Mãe Curitibana criado em março de 1999, que tem o objetivo de humanizar o atendimento as gestantes, desde melhorias na qualidade do pré-natal até acesso ao parto.
Lá em nosso Instagram @redecomunicare você confere o relato de duas mães: uma que teve parto humanizado e outra que não teve, justamente na maternidade de referência em Curitiba.
Confira no mapa as maternidades em Curitiba que oferecem o parto humanizado:
Partos humanizados registrados em momentos
A fotografia de partos exige do profissional da área muito mais que uma técnica apurada e disponibilidade para fotografar. Segundo a Fotógrafa de partos humanizados Luciana Zenti, para esse estilo de fotografia é essencial ter um bom entendimento daquilo que está acontecendo no momento do parto.
Ela conta que costuma estudar muito e ter bastante contato com a família antes de fazer a sessão de fotos. “São muitas conversas e reuniões antes do ensaio para deixar a família mais confortável”, comenta Luciana.
A Fotógrafa já está há dois anos documentando partos humanizados com seu projeto “Parto Delas”, que tem objetivo de retratar o nascimento natural de crianças no SUS. Luciana diz que a fotografia tem um grande potencial para o crescimento dos partos naturais, pois é pela imagem que a pessoa entende que esse processo é o mais indicado.
Quanto a presença de profissionais para fotografar partos, a Fotógrafa comenta que são poucos Fotógrafos no Brasil que registram fotos desse estilo. “Somos em 4 Fotógrafos e um Cinegrafista. No Brasil não passamos de 50”, revela Luciana. Com poucos atuantes nessa área, a fotografia de partos humanizados ainda está em evolução no país.
Buscando espaço no Brasil, a fotografia de partos humanizados chegou para contribuir com a falta de informação e aprovação sobre o assunto. De acordo com a fotógrafa Luciana Zenti, a sociedade ainda não está preparada para aceitar os partos naturais.
Apesar da mesma acreditar que esse processo é o mais indicado para as mulheres. “Os partos humanizados tendem a respeitar mais o sexo feminino”, conta a Fotógrafa. Ela sabe que esse processo tem muito para avançar ainda, e revela que o principal culpado dessa falta de aprovação são os médicos, que acabam deixando seus pacientes com medo de optar por esse procedimento.
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