ONG Mãos Sem Fronteira promove tratamento para dor e mal estar em Curitiba

O método de estimulação neural utilizado pela organização é baseado em pesquisas e comprovado cientificamente
Por Maria Cecília Zarpelon
O Mãos Sem Fronteira é uma organização internacional sem fins lucrativos que promove o bem-estar pessoal por meio do uso das terminações nervosas das mãos. A técnica de estimulação neural consiste em estabelecer o equilíbrio energético do organismo através de toques conscientes das mãos em pontos específicos do corpo.
Segundo o voluntário e coordenador do grupo de jovens da Organização Não Governamental (ONG), Ademir Bevervanso Neto, o método, que estimula os sete centros vitais localizados na cabeça e ao longo da coluna vertebral, é eficaz porque cada ponto está ligado a órgãos do corpo. “A técnica age sobre os sistemas imunológico, nervoso e sanguíneo, e aumenta a qualidade de vida da pessoa”, afirma. A organização oferece um curso de estimulação neural dividido em três etapas para quem quer aprender a técnica. “Todos têm a capacidade de cura, nós só a ativamos”, explica o voluntário.
A coordenadora do Núcleo de Estudos e Práticas em Saúde Holística: Corpo, mente e espiritualidade, e professora de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Milene Zanoni da Silva, junto com alunos de Farmácia, realizou uma pesquisa avaliativa do trabalho do Mãos no Hospital de Clínicas. Uma vez por semana, durante três meses, os voluntários da organização aplicavam a prática de estimulação neural em cerca de 60 servidores do Hospital. A professora explica que a pesquisa focou no estresse, sofrimento mental e dor crônica e que o resultado foi muito positivo, apesar do fundamento científico permanecer desconhecido.
Milene relata que a técnica de estimulação neural está incluída nas práticas integrativas e que essas terapias corpo-mente, como são classificadas, se baseiam em estratégias terapêuticas energéticas que a ciência ainda não as explica totalmente. “A ciência ainda é muito limitada dentro de uma perspectiva materialista e responde pouco sobre a cura e prevenção da saúde num sentido mais amplo. A medicina é muito focada no cuidado do corpo biológico, mas o corpo humano tem outras dimensões que o compõe”, afirma.
Leonel José Pulgatti, de 80 anos, é aposentado e recebe o tratamento do Mãos toda segunda-feira, há cinco anos. Seu Leonel relata que, um mês depois de ter participado do curso, uma dor de cabeça muito forte o atingiu. “A dor não passava, então comecei a tocar o ponto vital em cima da cabeça com as pontas dos dedos, mas mesmo assim não melhorava. Depois de um tempo fui para o hospital tomar soro e morfina”. A pedido do médico, Seu Leonel fez uma tomografia da cabeça e recebeu um resultado surpreendente. “O neurologista olhou para mim e falou ‘Como você ainda está de pé, senhor?’, fiquei muito confuso”. O laudo revelou que Seu Leonel havia tido um acidente vascular cerebral (AVC) grave. “Pelo o que estava na tomografia, eu deveria estar morto ou em uma cama. A única coisa diferente que fiz foi a energização na cabeça. Com toda a certeza, eu sei que foi isso que salvou a minha vida”, afirma.
Para o aposentado, a ONG habilita as pessoas a receberem energia imanente – que está no ar e no ambiente – e a transformarem em energia consciencial – a mesma energia, mas agora com uma informação. “O que vale é a intenção que você coloca, e a intenção é que a dor cesse e que o organismo volte ao normal. Não tem reza, não tem invocação”, explica.
A sede nacional da ONG fica localizada no centro de Curitiba e os atendimentos acontecem duas vezes por semana.