O Conselho de Ética vota pela cassação de Renato Freitas

Por José Henrique de Souza

No dia 10/05 o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Vereadores de Curitiba votou pela cassação do mandato do vereador Renato Freitas(PT) por acusações de quebra de decoro em um protesto em frente à Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.

No dia 05/02, um grupo de manifestantes se reuniram em frente a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, para protestar contra o racismo e a xenofobia, incentivados pela morte do refugiado congolês  Moïse Kabagambe e de Durval Teófilo Filho, ambos no Rio de Janeiro.

 A manifestação que era, a princípio, pacífica acabou por invadir a Igreja, segundo o processo, o Vereador teria sido um dos manifestantes a invadir a igreja, a defesa do vereador alega que Freitas não havia invadido a igreja e não havia perturbado um culto religioso porque a igreja estaria vazia.

A Arquidiocese de Curitiba entrou com um boletim de ocorrência contra Freitas, e a câmara dos Vereadores pediu ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Vereadores de Curitiba para que abrisse um processo de investigação e cassação contra Renato por várias acusações, as principais sendo: Perturbação da prática de culto religioso, Entrada não autorizada dos manifestantes e realização de ato político no interior da Igreja.

Durante o processo ocorreram certas fenômenos que afetaram sua integridade, o surgimento de áudios vazados do membro da comissão Márcio Barros(PSD) que culminaram na saída do mesmo da comissão e um pedido formal por parte da Arquidiocese de Curitiba para a Câmara dos Vereadores para que Freitas não tivesse seu mandato cassado.

Mesmo com esses episódios de irregularidade no processo, o Conselho decidiu pela cassação na última quarta-feira com 6 votos a favor, 1 por abrandamento(Dalton Borba(PDT)) e 1 arquivamento(Maria Leticia(PV)). Freitas, porém, pode recorrer ao CCJ(Comissão Constituinte de Justiça)