Moradores de Curitiba investem em formas alternativas de segurança

Aplicativo e grupos em redes sociais auxiliam moradores a proteger vizinhança
Por Patrícia Munhoz
Bairros de Curitiba têm investido novos métodos de segurança. Alguns bairros, como o Capão Raso estão aderindo a aplicativos de segurança como o Vizin e até mesmo uma forma mais simples e conhecida: a comunicação entre os vizinhos.
Essa comunicação está mais facilitada, devido à tecnologia. Por exemplo, é possível criar um grupo da vizinhança no WhatsApp ou no Facebook. O que facilita para comunicar possíveis assaltos na redondeza, avisando o mais rápido possível o dono da casa.
O morador Billie Wasch e a moradora Cassiane Pinto do Bairro Alto explicam o novo modelo de segurança que possuem, que é o “Vizinho de Olho”. Esse sistema já existe há mais de quatro anos no Bairro Alto e foi implantando em parceria com o Conselho Comunitário de Segurança (Conseg).
O sistema funciona através de alarmes instalados nas ruas e nas casas que aceitaram fazer parte do programa. Dessa forma os moradores ligam o alarme da casa ao sair e quando há algum movimento suspeito, o morador tem a possibilidade de acionar a cirene.
Além disso, Cassiane conta que eles também possuem um grupo no WhatsApp e no Facebook. Ela afirma que há policiais militares no grupo. No entanto, o vizinho Billie confessa que não conhecia esses grupos, mas afirma “vou fazer parte também, acredito que seja importante”.
Ambos constam que se sentem mais seguros e mais confiantes para caso haja alguma coisa, será possível prender com mais facilidade e rapidez os assaltantes. Porém, admitem que a bairro nunca teve muitos problemas de segurança.
A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp) informa em nota que há um monitoramento constantes em todo o Paraná em lugares com maior incidência e concentração de crimes.
A falta de emprego é um dos motivos que tem aumentado crimes de furtos e assaltos. Informam que isso tem acontecido em praticamente todos os estados do país, alguns registram uma alta superior a 50%.
Agora em setembro a Sesp deflagrou a megaoperação impacto nas ruas de Curitiba e regiões metropolitanas. Essa megaoperação oferece assistência do mais sigiloso e avançado serviço de inteligência e o mais ostensivo dos patrulhamentos.
A operação reúne as forças de segurança do Paraná, como a Policia Civil, PM, corpo de bombeiros, departamento de inteligência, departamento penitenciário e policia cientifica. Esses órgãos trabalham de forma integrada como resposta aos crimes patrimoniais – roubo e furto – desde do primeiro semestre de 2016.
Comandante da PM diz que vizinhos devem se ajudar
O comandante do 13° batalhão da Polícia Militar (PM), Carlos Assunção, incentiva que os vizinhos se conheçam e troquem informações para que possam ajudar na segurança. Já que “a segurança pública é um dever do Estado e da comunidade”, relata.
Sobre o índice de criminalidades, Assunção relata que depende de diversos fatores, como o crescimento da população e o momento de crise que o Brasil está passando. Ou seja, o índice de criminalidade não se comporta de forma linear.
Mas isso dificilmente será percebido nas estatísticas da PM. Pois “o crime vai migrar para um local mais fácil”, afirma o comandante.
Caos graves exigem acionar a PM
Assunção explica que em casos de assalto a residências, o dono da casa deve ligar para o 190, pois dessa forma os dispositivos de socorro serão acionados.
“A PM deve fazer um trabalho preventivo e de repressão imediata”, afirma o comandante. Isso depois da situação de flagrante ou urgência e emergência, já que, nesses casos, a responsabilidade é da Policia Civil.
Entretanto, a PM está habilitada para fazer o B.O, este pode ser feito no local, na delegacia ou através da internet. Ele conta que o B.O vai gerar uma base de dados para o planejamento e aplicação da segurança.