Mesmo com chuva, Mequetrefe fez rir

A peça de rua faz parte do Fringe, o circuito paralelo do Festival de Curitiba

Por Ana Clara Braga e Gabriel Fabro

Debaixo de sol e chuva no marco zero de Curitiba, o palhaço Mequetrefe animou os que passavam pelo Largo da Ordem. Com muito improviso, participação do público e truques, o artista de rua arrancou gargalhadas dos espectadores que não se intimidaram pela água e compartilharam guarda-chuvas para não ir embora.

O palhaço Gustavo Bertin, contou que ficou muito feliz com a presença e a participação do público que marcou presença na peça, mesmo com o tempo e o horário. Bertin disse que é sua primeira vez se apresentando no Festival de Curitiba. “É o único Festival que eu conheço que tem uma mostra dentro da mostra dentro da mostra, o que pode ser confuso, mas é muito diversificado”.

O artista é um amante das peças de rua e frisou a importância de intervenções artísticas como essas, que são democráticas e utilizam os espaços públicos a favor da população. Bertin reconhece também que peças de rua são desafiadoras. “A rua é do bêbado, do cachorro e do mendigo. Todo mundo tem que se respeitar nesse limite. Se alguém entra no meio da minha peça, eu não posso ficar bravo. Eu estou na casa dessas pessoas”, relata.

Brenda, 23 anos, conferiu o espetáculo e disse preferir ver peças de rua. Ela afirma gostar muito de apresentações desse tipo que facilitam a aproximação com o público. “Eu acho que a cultura é muito importante na rua, porque nem todos têm a oportunidade de ir ao teatro e a aproximação do público na rua é muito importante, já que as pessoas podem parar, mesmo com a correria do dia a dia e conseguir assistir o espetáculo no meio da rua”, destaca.

A peça faz parte da “Mostra Pé Vermelho”, uma proposta independente que tem como objetivo dar visibilidade para as artes cênicas de Londrina. A mostra contará com 44 apresentações no Fringe, com 30 artistas e 12 grupos.

Confira como foi a apresentação:

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Fotos: Andressa Carvalho