Indústria de alimentos do Paraná cresce na pandemia

por Nathalia Miguel Brum
Indústria de alimentos do Paraná cresce na pandemia

A produção da indústria de alimentos paranaense manteve crescimento estável durante a pandemia do novo coronavírus e apresenta avanços significativos em relação ao mesmo período do ano passado

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Por Amanda Gabrielle, Carolina Nassar, Isabelle Almeida, Jéssica Pretto, Luíza Ruppel e Nathalia Brum

De acordo com o boletim conjuntural elaborado pelas secretarias de Fazenda e Planejamento e Projetos Estruturantes, a indústria de alimentos do Paraná permaneceu com estabilidade no crescimento apesar dos impactos da Covid-19 sobre as atividades produtivas paranaenses. O estado foi o que apresentou comportamento mais favorável da região sul do país e registrou performance superior que a do Brasil na economia. 

O boletim constatou que as vendas do ramo de alimentos acompanharam o movimento dos supermercados e apresentam alta neste ano. “Toda a nossa indústria mostra vitalidade e para a economia paranaense é importante o bom desempenho do setor de alimentos. É uma cadeia produtiva que movimenta muita gente”, afirmou o governador Ratinho Junior (PSD).

Segundo a Sincabima (Sindicato das indústrias de cacau e balas, Massas Alimentícias e Biscoitos de Doces e Conservas Alimentícias do Paraná), que atende desde  micro até grande empresas, o setor alimentício de cacau, balas, massas, biscoitos, doces e conservas, as indústrias de alimentos no Paraná é o que mais emprega e, quando a pandemia do Covid-19 tomou proporções maiores, no início do ano, as empresas precisaram decidir se demitiriam funcionários ou diminuiriam a carga horária. De acordo com a Executiva Sindical, Jessica Lemes, todas as empresas associadas tiveram auxílio do Sindicato, já que, suas ações dizem respeito à representar as empresas, convenções coletivas (relação empregador e empregado), cuidar de demandas judiciais, tributárias, logística reversa, entre outros. Lemes afirmou ainda que a maioria das empresas curitibanas são familiares, como Barion, Ofir, Pipoteca, etc. O Sincabima possui canal aberto com o governo para reivindicar ações contra as indústrias associadas e é composto atualmente por  27 empresas e filiação com a FIEP.

De acordo com a última pesquisa realizada pelo CNI (Confederação Nacional da Indústria) e pela FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) em agosto, o nível de confiabilidade dos empresários cresceu 64,8% desde o início da crise do Covid-19, em abril. Segundo a pesquisa a produção alimentícia cresceu de 51,3% em julho, para 56,1% em agosto. A região sul do país registrou o segundo maior crescimento e atingiu 58% de confiabilidade na retomada da economia, um aumento de 8,7% em comparação de julho a agosto. 

Empresa familiar expande

Um exemplo do crescimento da indústria alimentícia familiar é a Pipoteca, empresa referência em Curitiba, com seus produtos populares (pipoca, salgadinho, doces) e sua loja localizada na frente da indústria. O criador da empresa, Sebastião dos Santos afirmou que o valor da matéria prima aumentou nesse período e o preço dos produtos consequentemente aumentaram também. No entanto, as vendas aumentaram pois mais pessoas estão em casa no momento e compram um doces, salgadinhos e comidas prontas. Santos afirmou ainda que a empresa está passando por um momento de expansão, a fábrica na Vila Fanny ficou pequena e estão construindo em um condomínio de indústrias na Fazenda Rio Grande e criando mais produtos. A Pipoteca já atende outros estados como Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo, pretendendo com o aumento expandir ainda mais seu mercado.

A história da Pipoteca é antiga, Santos saiu de Pouso Redondo, interior de Santa Catarina, em 1988 com seus oito filhos devido uma proposta de sociedade em uma fábrica de salgadinhos e mudou-se para a Vila Fanny em Curitiba. Com a ajuda dos filhos ele foi expandindo a empresa, até que um dia comprou a parte do seu sócio e criou a conhecida Pipoteca, união de pipoca e discoteca, a balada da época. A empresa hojé é composta por 60 pessoas, entre eles, filhos e netos do Senhor Sebastião. “Eu conheci a pipoteca quando era bem criança, e minha mãe comprava a pipoca doce e o salgadinho de manteiga para mim. Eu sempre guardava dinheiro para comprar pipoteca num mercadinho perto de casa, meu preferido até hoje é o salgadinho de manteiga. Continuo comprando nessa quarentena, além de ser um preço super acessível, tem um gostinho de Curiitba” contou Guilherme Voidela, cliente de carteirinha da marca. 

 

 

 

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