Futevôlei Curitibano ganha mais de 80% novas mulheres praticantes

por Mariana Alves de Oliveira
Futevôlei Curitibano ganha mais de 80% novas mulheres praticantes

Elas buscam a prática esportiva como opção ao treino de academia convencional; a presença feminina nos esportes supera a dos homens

Por: Mariana Alves | Imagem: Mariana Alves

Cansadas de treinos monótonos, mulheres curitibanas buscam por novas práticas. No cenário do futevôlei, elas encontram um novo esporte para chamar de seu. Segundo o presidente Vilson Araujo da federação paranaense e professor na academia de futevôlei Pé na Areia, o crescimento das mulheres é extraordinário. “Além de ser lindo a evolução delas em quadro, é muito bom ver como o grupo é unido e elas cada vez mais ganham destaque”. Segundo dados da federação, a procura por aulas subiu mais de 80% na capital. 

Para a advogada Giulia Molin, de 24 anos, a prática foi um divisor de água em sua vida. Entrou no esporte após ver amigas jogando, se interessou e então nunca mais parou. “Então, confesso que comecei só pelo lado estético, mas após jogar alguns torneios de brincadeira eu me apaixonei. Não vivo mais!”. 

Outro dado que chama a atenção é do aumento das professoras, antes, em um ambiente totalmente masculino, também ganham mulheres ensinando. Hoje, cerca de 30% das mulheres estão dando aulas nas escolas em Curitiba. Quem também se encanta com o crescimento é a professora Andressa Cunha, ou Detâ, como é conhecida no meio. Uma das pioneiras no esporte, diz que o futevôlei tem muito a crescer. “Sim, já temos muitas mulheres treinando, mas está na hora de incluí-las nos campeonatos e torneios.”

 

ESPORTE E SAÚDE

As mulheres brasileiras se cuidam. É o que mostra uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)  em conjunto entre o Ministério da Saúde. A pesquisa revelou que 77,2% das entrevistadas realizaram algum procedimento estético pelo menos uma vez nos 12 meses anteriores à entrevista. Elas também são mais dedicadas nos cuidados com a saúde: 67,3% das brasileiras disseram terem ido ao médico uma vez nos 12 meses anteriores, ante 41,3% dos homens. 

Na prática de esportes não foi diferente. Nos últimos 5 anos elas se matricularam 57% em algum tipo de atividade, comparado aos 48% dos homens.

TORNEIOS

 No início do mês de abril a cidade de Curitiba recebeu a 2° Etapa do Mikasa Open, um dos principais torneios de futevôlei do Brasil e a competição recebeu atletas de diversas categorias da elite do esporte. Mesmo com um crescimento visível, as categorias ainda são minorias – o que não é por falta de público participante. Das quatro categorias do torneio, o feminino tinha apenas a opção profissional para jogar. Procurada para falar sobre o assunto, a assessoria não respondeu.

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