FoodBikes são nova opção para comida de rua

Bicicletas seguem tendência de caminhões e já vendem comida em Curitiba
Por: Carolina Piazzaroli, Gabriela C. Peratello, Hanna Siriaki e Vitória Gabardo
As foodbikes, bicicletas que vendem comida, estão se tornando cada vez mais populares em Curitiba. O baixo investimento e a praticidade são as maiores vantagens dessa nova forma de empreender, que segue a linha dos já famosos foodtrucks. Um projeto de Lei criado pelos vereadores de Curitiba e aprovado em julho regulamenta os foodtrucks, mas ainda não contempla as bicicletas. Porém, o vereador Felipe Braga Cortes (PSDB) redigiu um projeto de lei que promete incluí-las na regulamentação.
Pequenos empreendedores têm vantagens sobre esse tipo de atividade, pois não exige investimento inicial alto. Segundo o portal da Band News, estima-se que o custo vá de R$ 2 mil a R$ 15 mil, enquanto foodtrcks, caminhões de comida, podemgirar em torno R$300 mil, de acordo com o Sebrae.
Localizado no nairro Batel, o Le Voleur de Vélo une bicicletaria com gastrobar, desde 2013, e usa uma bike de 25 anos para atender variados tipos de ocasiões, como um jantar intimista para 12 convidados ou eventos na pedreira Paulo Leminski para 10 mil pessoas. O bartender Rafael Oliveira da Silva comenta que servir coquetéis de gravata e colete, montado em uma bicicleta, surpreende o público. “As pessoas param para tirar foto”, afirma.
Oliveira também aponta que a adaptação da bicicleta para circulação foi feita gradativamente, sem maiores custos, e que o valor dos serviços varia conforme o evento – os drinks têm um preço em torno de R$ 15. Uma das diferenças entre o restaurante e a bicicleta é que, no primeiro, é vendida também comida. “A ideia de vender apenas drinks na bike é principalmente por conta do espaço e da logística. Se colocássemos um caixote enorme, pareceria mais uma bike de sorvete”.
O Le Voleur de Vélo realiza pelo menos um evento por semana. Nessas ocasiões, são servidos diversos drinks, que podem ser escolhidos de acordo com a ocasião. Oliveira destaca que um dos objetivos é não gerar lixo desnecessário, de modo que os coquetéis são pré-montados para que a bike esteja sempre limpa.
O estudante de Engenharia Marco Spessatto conta já ter experimentado a culinária das bikes. “A primeira vez que provei foi quando estava saindo de uma balada, achei curioso, pois a bike estava no estacionamento e não precisei me deslocar para poder comer. Depois disso, descobri locais onde podia encontrá-las e consumir”.
Vereador quer regulamentar mercado
Um projeto de lei redigido pelo vereador Felipe Braga Cortes (PSDB) inclui as bicicletas na lei já criada para os foodtrucks. Cortes aponta que o custo para esse tipo de negócio é consideravelmente inferior, além de ser um veículo de prático manuseio em comparação a outros.
O fato de ainda não haver nenhum tipo de legislação é um dos fatores que facilitam o funcionamento das foodbikes, pois, até o momento a circulação desse tipo de veículo é livre. Os donos das bicicletas dizem ter total comprometimento com a qualidade daquilo que oferecem ao consumidor.