Estudantes têm apresentado interesse em projetos de robótica

por Ex-alunos
Estudantes têm apresentado interesse em projetos de robótica

O uso da robótica educacional vem ganhando espaço nas escolas e no modo de aprendizagem dos alunos

Por Mariane Pereira

As escolas que realizam esse projeto educativo podem participar do Torneio Nacional de Robótica First Lego League (FLL), que em sua última edição em Curitiba, teve como vencedor do prêmio de melhor técnico de robótica, o professor José Ricardo Dolenga Coelho que disputou com outros 73 técnicos de times de escolas públicas e particulares de todo o Brasil. Ele é formado em Matemática pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná e atualmente trabalha na Escola Municipal São Miguel, no Fazendinha.

Coelho comenta que trabalhar com robótica Lego despertou o interesse nele quando surgiu a oportunidade no Colégio Sesi, onde ele trabalhava em 2013, “eu vi que na Prefeitura de Curitiba havia um projeto de robótica e que nossa escola poderia participar desse projeto extra classe, então eu fiz um curso da Lego para me aprimorar e foi aí que em 2015 nós começamos, com o objetivo de tornar os estudantes melhores no seu rendimento escolar”.

Segundo o professor, os benefícios que são adquiridos pelos estudantes ao praticarem a robótica são muitos e entre eles está o de estimular o raciocínio lógico. “A robótica ajuda na organização diária, auxilia na escolha profissional e até mesmo na pessoal, criando autonomia nos alunos, estimulando a criatividade e habilidades para solucionar diversos problemas que estão situados no cotidiano, dentro e fora da escola”.

Coelho explica que a robótica educacional é um programa inovador que é usado como uma forma de auxílio na educação, e atualmente tem ganhado muita visibilidade por estar sendo usada em várias escolas que realizam projetos com o intuito de desenvolver compreensão e criatividade nos alunos e que tem como objetivo a construção de métodos de aprendizagem ligados à robótica.

A equipe Fusion Robôs, da Escola Municipal São Miguel, é formada por oito crianças, e ao todo são quatro horas por semana de atividades e envolvimento direto com o tema, e os alunos seguem as orientações dadas pelo professor para realizarem as atividades. O projeto apresentado no torneio, que garantiu a vaga dos estudantes através de uma seleção regional na qual a equipe ficou entre os sete melhores foi o desenvolvimento de um aplicativo de smartphone que facilita a adoção de animais de rua.

Os alunos do Colégio Estadual Padre Cláudio Morelli, localizado no Umbará, também tiveram a iniciativa de trabalhar com robótica na escola. A equipe de nome Doctors Machines que representa a escola, têm como técnico o professor Thadeu Angelo Miqueletto, e na última competição da FLL ficou com o 3º lugar entre as escolas estaduais e ganhou uma vaga para a competição nacional, além de já ter sete troféus de competições anteriores, em categorias de melhor estreante, elegância do robô, inovação e de melhor escola pública. “Os alunos podem participar com qualquer projeto e robôs e hoje eles estão trabalhando para uma próxima competição muito importante que é a Olimpíada Brasileira de Robótica”, comenta o professor.

Prêmios ganhados pela equipe em diversas competições | Foto: Mariane Pereira

O estudante Carlos Eduardo Barboza,16 anos, que participa da equipe desde 2015 comenta que a participação nos torneios é muito gratificante, pois, podem apresentar os projetos que levam dias elaborando. “A oportunidade de participar dessa última competição de robótica da FLL foi muito boa, mesmo que não tenhamos nos classificado para a etapa internacional, mas ficamos felizes pela nossa conquista, já que não somos de escola particular e não temos muitos recursos, além de que somos uma equipe nova, que surgiu em 2015”.

Alunos trabalhando com os robôs | Foto: Mariane Pereira

O projeto apresentado e que garantiu a classificação foi o desenvolvimento de um sistema computadorizado de autolimpeza de recipientes, por meio de um aplicativo de smartphone que também foi criado pelos alunos. O referido projeto foi desenvolvido à partir de uma pesquisa realizada na internet, em que a maioria das pessoas responderam que não limpam as caixas de água em casa.

A estudante Marjory Graziela Bogler,14 anos, comenta que as pessoas deixam de limpar por ser um processo demorado: “esse aparelho que nós desenvolvemos permite que os donos limpem as caixas de água com apenas um comando do celular, aí o sistema vai fazer a limpeza sozinho, e isso demora 30 minutos”.

A robótica é aplicada nas escolas de uma forma em que os estudantes possam estar adquirindo conhecimento de matemática, física, engenharia e até mesmo de construção, pois utilizam programas de montagem e cálculos para obterem a solução dos problemas apresentados, aprendendo valores e dedicação, que são exercidas no trabalho desenvolvido.

 

 

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