Em meio à pandemia, pessoas voltam a se aglomerar em espaços públicos de Curitiba

por Guilherme Seisuke da Silva Araki
Em meio à pandemia, pessoas voltam a se aglomerar em espaços públicos de Curitiba

Adeptos do isolamento social diminuem enquanto número de mortes aumenta na capital do estado

 

Por Alexandre Ribeiro, Guilherme Araki e Rodolfo Neves | Foto: Circulação Twitter

 

O aumento do número de contaminados e mortos em decorrência do coronavírus não parece assustar a população de Curitiba. No último final de semana, diversos pontos da cidade registraram aglomerações, contrariando recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde). Enquanto isso, chega a 1271 o número de casos e a 77 as mortes decorrentes da Covid-19 no Paraná. Desse total do estado, 426 confirmações e 17 mortes foram registradas em Curitiba.

Fotos que circularam nas redes sociais mostram principalmente jovens reunidos no gramado do Museu Oscar Niemeyer e em frente a bares próximos no último sábado (25) e domingo (26). Pode-se observar nas fotos que nenhuma pessoa cumpre a obrigação do uso de máscara, que está em vigor na cidade desde o dia 17.

Questionada sobre o episódio, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná reiterou o que vem sendo dito pelo secretário Beto Preto, que pede que o distanciamento social seja mantido. A recomendação também é para que as pessoas usem máscara e evitem aglomerações.

Segundo a gerente do Basset Bar, Gisele Lavalle, o estabelecimento, localizado em frente ao MON. está atendendo apenas a capacidade mínima de operação, com mesas distanciadas e obrigatoriedade do uso de máscaras. Após a repercussão negativa da aglomeração na região, Gisele conta que equipes da Vigilância Sanitária e da Polícia Militar estiveram presentes para orientar a administração da casa sobre cuidados que devem ser adotados.

A administração do Sunset Café, outro estabelecimento que aparece nas fotos com pessoas aglomeradas do lado de fora, informa que estão sendo seguidas as recomendações da prefeitura, com disponibilização de máscaras para os funcionários, atendimento via delivery e poucas pessoas no balcão.

O presidente do SindiAbrabar (Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares do Município de Curitiba) Fábio Aguayo, afirma que a responsabilidade do que ocorreu não é dos bares, e sim das pessoas presentes, que estavam no gramado do MON e na calçada em frente aos estabelecimentos. Aguayo ainda conta que estão sendo enviadas recomendações para os gerentes e realizadas lives informativas com dicas de como funcionar. Para ele, a quarentena só funcionará se todos seguirem à risca o isolamento necessário, o que deve resultar numa abertura gradual do comércio para serviços essenciais.

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