Desmatamento ilegal cresce no Brasil e indústria moveleira responde

por Gabriela Küster Solyom
Desmatamento ilegal cresce no Brasil e indústria moveleira responde

Produção de recursos florestais renováveis pode ser a solução

Por Gabriela Küster Solyom e Maria Vitória Pessoa

* Este é um conteúdo patrocinado, desenvolvido na disciplina de Branded Content, sem, contudo, remuneração efetiva aos estudantes que o desenvolveram. *

O Brasil é o país que mais desmata no mundo, segundo o World Resources Institute (WRI), uma organização global de pesquisa e ações com enfoque na proteção do meio ambiente com atuação em mais de 60 países. Umas das soluções é implantar o uso de madeira proveniente de pinus nas indústrias de construção civil e moveleira. 

O levantamento da WRI referente ao ano de 2018 aponta que o país foi o responsável pelo desaparecimento de 1,3 milhões de hectares de florestas primárias, aquelas que são nativas. Em contrapartida ao dado apresentado pela WRI, o Brasil é um dos maiores produtores de Florestas Plantadas segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

As perdas florestais de 2019 ainda não foram calculadas, mas com os incêndios na Amazônia em agosto, e na Austrália em dezembro e janeiro os responsáveis pelas pesquisas falaram em nome da entidade, WRI, que prevêem um aumento em área de território desmatado em relação ao ano anterior.

A bióloga Luísa Jozefowicz explica que os incêndios de 2019 e início de 2020 fazem parte de uma temporada: “A lógica é que em períodos mais quentes o ar seco favoreça queimadas, iniciadas naturalmente por faíscas ou descargas atmosféricas, em regiões isoladas”. Mas, apesar de serem esperados anualmente tanto na Austrália quanto no Brasil, a bióloga explica que as condições meteorológicas foram mais severas do que em anos anteriores tanto em questão de altas temperaturas quanto no regime escasso de chuvas, apresentando quesitos para as grandes queimadas que aconteceram. Estas mudanças são provocadas pelo aquecimento global, processo ambiental que aumenta a temperatura média da terra, causado pelas emissões de gases que geram o efeito estufa.

Luísa explica que desmatar é o ato de retirar total ou parcialmente as árvores de uma mata. No Brasil, as principais causas são ligadas a exploração de madeira, e também a limpeza do solo para atividades de agricultura e pecuária. Em 2018 o governo federal criou um mecanismo que diferencia o desmatamento ilegal daquele praticado de forma legal, dessa forma a fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), se torna mais clara. Até 2017 o Ibama apenas divulgava os números sem associar se a derrubada foi feita em conformidade com a lei.

Para o pesquisador e doutor em Impactos Sociais Ambientais pela Universidade da Califórnia, Roberto Roche, as comunidades locais são muito afetadas pelo desmatamento, apesar destas terem sua forma de subsistência na natureza, as florestas em si não são sua principal forma de sustento. Mas, sim, a mineração e a agricultura. Já para o resto da população, que se encontra distante dessas áreas, a perda está na diminuição da biodiversidade no nosso ecossistema. “Precisamos ter o olhar tanto econômico quanto ecológico, é o dilema que estamos vivendo agora. Existe um limite entre o desmatamento para a agricultura e pecuária e o que precisa ser conservado”.

A prática que cresce no Paraná é conhecida como: silvicultura e consiste no  cultivo de pinus e eucalipto, Roche explica que apesar das plantações não trazerem diversidade biológica, elas são importantes para as indústrias madeireiras, na produção de compensados e também para a construção civil. São conhecidas como florestas plantadas e podem ser um investimento tanto de pequenos proprietários de terra, como de multinacionais do setor.

Indústrias investem em reflorestamento

O objetivo principal é gerar a prática do consumo sustentável

A multinacional Arauco trabalha principalmente vendendo painéis de MDF para fabricantes de móveis. A sigla vem do inglês “Medium Density Fiberboard”, consiste em um material artificial de altíssima qualidade que imita a madeira. Para ser produzido os fabricantes juntam madeira de pinus com um aglomerado de materiais compensados. 

A maioria das fábricas que trabalham com MDF defendem critérios de sustentabilidade ambiental. A Arauco por exemplo tem como seus principais valores: produzir e gerenciar recursos florestais renováveis enquanto criam produtos que melhoram a vida das pessoas.

Maria Yoshiola é gerente de Responsabilidade Socioambiental e Fundiário da Arauco e esclarece que além do plantio ser economicamente viável, assegura a rastreabilidade e a legalidade da madeira. “É importante ressaltar que manejar árvores plantadas contribui para a mitigação das mudanças climáticas, visto que elas possuem contribuição com a fixação de carbono e melhoria dos serviços ecossistêmicos”.

As florestas plantadas também impactam as comunidades locais, Maria conta que a Arauco tem o objetivo de contribuir com o desenvolvimento dessas sociedades através de programas que gerem valor compartilhado. Com um modelo baseado no diálogo e a participação, o desenvolvimento de projetos de alto padrão e excelência técnica, a colaboração e desenvolvimento de alianças e o trabalho desde e para o território.

 A empresa está em constante diálogo com seus vizinhos para detectar e minimizar os eventuais impactos negativos das suas operações e buscar oportunidades para aumentar sua contribuição com o desenvolvimento local. Os processos de diálogo e os programas são implementados, medidos e gerenciados para gerar resultados que consigam adicionar valor para todos os grupos de interesse. “Atuamos no Brasil com um programa de responsabilidade socioambiental cujas diretrizes estão alinhadas com o valor “Bom Cidadão” e considera três pilares estratégicos que são: o meio ambiente, desenvolvimento das comunidades e a educação e cultura”, explica a gerente.

  • Meio ambiente: Buscando identificar e minimizar os impactos ambientais, atuando em prol da conservação ambiental e incentivando parcerias que promovam de forma transversal a educação para a sustentabilidade das comunidades.
  • Educação e cultura: Iniciativas que contribuem para a melhoria de indicadores educacionais na comunidade onde a empresa opera, especialmente em projetos relacionados a formação continuada de professores, além do apoio em projetos culturais que promovem a valorização local e regional.
  • Desenvolvimento de comunidades: Apoiam projetos que promovem o desenvolvimento das comunidades onde operam, minimizando a distância entre recursos e necessidades específicas de cada localidade.

José Pessoa é dono de uma empresa de decorações e móveis planejados no Paraná, sua companhia trabalha com os painéis revestidos da Arauco. Para ele é gratificante trabalhar com produtos de qualidade e que não agridem ao meio ambiente. “Sempre explico para todos os meus clientes que o MDF utilizado nas produções dos móveis é feito de forma legal e ecologicamente correta. Gerando um consumo sustentável”. 

O empresário acredita que o MDF veio para substituir a madeira maçica, a qual a retirada prejudica ao meio ambiente. “Hoje o cliente busca saber da onde e qual matéria prima são usadas na produção dos móveis que estarão em seus lares ou escritórios. E como estou no mercado moveleiro há mais de 20 anos, sempre busco empresas que nos fornecem materiais sustentáveis e com excelente qualidade”.

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Francielle Rodrigues remodelou recentemente sua casa e procurou exclusivamente por materiais feitos de forma sustentável. Ela acredita que o consumo consciente é essencial e busca fazer as melhores escolhas na hora de comprar. “Gosto do MDF justamente pela durabilidade que ele tem, reduzindo o período de troca. Além da similaridade com o material de demolição, tendo o charme da madeira maçica, mas ainda sim ajudando o meio ambiente”.

A arquiteta e urbanista Paola Verri explica que hoje o ideal durante a remodelação de um cômodo é apostar nos móveis de MDF, além da promoção do consumo de maneira sustentável, os painéis são produzidos em diferentes texturas e cores podendo se ajustar a qualquer ambiente. “É muito difícil um ambiente seguir com a decoração e os acabamentos em um único estilo. O jogo de moderno com clássico, misturando uma parede de cimento queimado com pendente de lâmpada, por exemplo, está em alta. E o MDF chega com versatilidade com todas as opções tanto neutras, conseguindo se adaptar aos estilo do ambiente, quanto personalizados para trazer vida”.

 

Imagens de arquivo da Arauco e Jomape Móveis

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