Curitibanos buscam por hábitos saudáveis na pandemia

Nutricionista comenta sobre os benefícios de adotar um estilo de vida saudável com a inclusão de frutas, verduras, legumes e grãos integrais, assim como exercícios regulares.
Por Beatriz Artigas, Beatriz Tsutsumi e Marina Geiger
Especialistas na área de saúde apontam os benefícios em busca de uma alimentação mais nutritiva, auxiliando não somente na saúde física quanto mental. Em Curitiba houve um aumento na procura de hábitos saudáveis durante os últimos meses, época da quarentena, momento em que a muitas pessoas estão trabalhando de home office. Com base nos dados de pesquisa do Google, a busca por “receitas saudáveis” nos últimos trinta dias, o país teve um crescimento com uma média de 65 vezes, e o Paraná em 2º lugar com 87.
Durante este período de isolamento social, o estudante Ivan Luiz de Oliveira comenta que precisou mudar seus hábitos cotidianos. A rotina anterior de trabalho e estudos, ele optava por algo mais prático, como fast foods, que chegou a afetar e baixar sua imunidade. Agora com uma melhora no tempo do dia a dia do estudante, ele consegue ter uma alimentação mais saudável. “O Coronavírus ter mais impacto em pessoas com a imunidade debilitada é um motivo a mais para eu me alimentar cada vez melhor nessa época”, completa Ivan.
A estudante de odontologia Carolina Gonçalves Teixeira, que tem um instagram em que posta receitas saudáveis e dicas de hábitos saudáveis diários, comenta sobre um aumento em seus seguidores e interação. Ela citou um aumento de cerca de 85% de interação e o aumento de 2500 seguidores desde o começo da quarentena até agora. A influenciadora acredita que, com o momento que estamos passando, as pessoas estão buscando uma alimentação mais nutritiva, “também por conta das academias e parques fechados, assim buscam alimentação e treinos para fazer em casa.”
Segundo a nutricionista Aline Levis, ter hábitos saudáveis na quarentena minimiza as chances de ter contrair o vírus e também ajuda a manter a mente tranquila. “Toda vez que a gente tem uma dieta inflamatória, a gente diminui a formação dos neurotransmissores que ajudam no bem estar” comenta a nutricionista. De acordo com a especialista, sem uma alimentação correta, a alteração nos neurotransmissores pode levar a pessoa a estados depressivos, além de diminuir a imunidade. Aline recomenda que sejam ingeridas pelo menos cinco frutas porções de frutas e vegetais por dia, para uma dieta anti-inflamatória. “A recomendação é evitar o consumo de alimentos industrializados o máximo que puder, descascar mais e desembalar menos”, reforça a nutricionista .
É evidente que o modo de alimentação das pessoas interfere na sua saúde emocional. Inclusive há uma área de nutrição em psiquiatria por conta do nexo de união entre dieta e doença. Uma publicação de Harvard da escola de medicina de 29 de janeiro deste ano, abordou que uma alimentação caracterizada por alta ingestão de frutas, vegetais, grãos integrais, peixes, azeite de oliva, laticínios com pouca gordura, e baixa ingestão de alimentos de origem animal está associada a diminuição do risco de depressão.