Curitiba enfrenta pandemia de Coronavírus

por Stephanie Friesen
Curitiba enfrenta pandemia de Coronavírus

Cresce número de casos confirmados na capital, passando ao estágio de transmissão coletiva

Por Gabrielly Dering, Sarah Guilhermo e Stephanie Friesen

Enquanto cresce o número de casos suspeitos do novo coronavírus na grande Curitiba, a cidade se prepara para enfrentar a pandemia. Até o dia primeiro de abril, data de fechamento desta edição, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) havia confirmado 90 casos e investigava quase 300 casos suspeitos de infecção humana da doença na capital. Dos casos divulgados, mais de 500 foram descartados por exames laboratoriais e os demais aguardam pelos resultados. O Covid-19 é causador de uma infecção respiratória que pode ir de sintomas leves até quadros de maior gravidade.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) monitora o coronavírus desde o início do ano, quando foram divulgados os casos de pneumonia de causa desconhecida em Wuhan, na China. A partir do sequenciamento genético, pesquisadores concluíram que trata-se de um novo coronavírus, presente em todos os continentes. O Brasil possui quase 23 mil suspeitos de coronavírus, quase 6.000 casos confirmados e mais de 200 mortes. 

Curitiba adotou diversas medidas contra o Covid-19, como isolamento domiciliar de sete dias para todos que retornarem de viagem do exterior sem sintomas e 14 dias para quem apresenta sintomas respiratórios, proibição de visitas hospitalares, suspensão de eventos de massa até 16 de abril. O Governo do Estado do Paraná decreta que as aulas em escolas e universidades públicas estaduais ficam suspensas a partir de 20 de março. A UTFPR suspendeu todas as atividades, até mesmo a distância, até o dia 02 de maio. Universidades privadas como a PUCPR, Tuiuti e Positivo, suspenderam aulas presenciais a partir do dia 18 de março, continuando as aulas através de plataformas online.

É importante manter todos os ambientes e superfícies bem higienizadas / Gabrielly Dering

Segundo o médico Alcides Oliveira, Diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, entre o coronavírus e uma gripe comum, as diferenças estão apenas no ponto de vista de manifestação clínica. “São vírus diferentes, mas os sintomas são os mesmos. Para a influenza, porém, nós já temos vacina.” A grande preocupação que a doença está gerando, ainda segundo ele, provém de sua alta transmissibilidade. Dados  publicados pelas autoridades internacionais de saúde que monitoram os casos pelo mundo indicam que a letalidade seja entre 3% e 4%.

“O Coronavírus mata menos que as outras gripes”, relata a médica Marise da Silva Mattos, infectologista da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da SES-SC. Para ela, o risco maior é aos idosos e pessoas imunodeprimidas. “O vírus tema  tendência de rápida replicação em organismos frágeis, provocando infecções mais graves em pessoas que estão inseridas nos grupos de risco”, explica.

Onde buscar atendimento

Máscaras são indicadas para quem apresenta sintomas respiratórios / Stephanie Friesen

Para que exista uma suspeita de infecção, é necessário haver suspeita de contágio. “Se você teve possibilidade de contágio e tiver sintomas do tipo dor de garganta, febre, dor de cabeça, dor no corpo, espirro, tosse e coriza, o mais indicado é telefonar uma unidade de saúde, seja da rede pública ou privada. Os profissionais vão te encaminhar e atender da maneira mais adequada. É importante também utilizar máscara”, orienta Marise. A recomendação é que as máscaras sejam utilizadas, por pessoas com sintomas ou por aqueles que trabalham na área da saúde.

Confira no mapa as unidades de pronto atendimento em Curitiba:

Como se prevenir

O uso do álcool gel é indispensável para a prevenção do Covid-19 / Stephanie Friesen

  • Lave as mãos com frequência e utilizar álcool 70%;
  • Fique em casa no período de pandemia;
  • Utilize lenço descartável para higiene nasal;
  • Cubra nariz e boca quando espirrar ou tossir e higienize as mãos logo após;
  • Não compartilhe objetos de uso pessoal;
  • Evite contato próximo com pessoas com sintomas da doença;
  • Mantenha ambientes bem ventilados.

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