Coronavírus alavanca número de pessoas em condições de extrema pobreza no Brasil

ONU alerta para aumento de quase 30% no índice de pobreza na América Latina e Caribe em decorrência da pandemia
Por Gabriel Malucelli, Guilherme Kruklis, Laura Luzzi e Romano Zanlorenzi | FOTO: divulgação Projeto Daruma
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Com a chegada da pandemia, diversos problemas sociais foram evidenciados, como altas taxas de desemprego, recessão econômica e aumento da desigualdade. Em nota informativa, o secretário-geral da ONU, António Guterres, avalia 2020 como o ano da pior recessão do século para América Latina e Caribe. O documento aponta uma retração de 9,1% do PIB (Produto Interno Bruto), aumento de quase 30% no número de pessoas pobres e acréscimo de 28 milhões de pessoas vivendo em condição de extrema pobreza.
Em Curitiba, também é possível verificar aumento nesses índices. De acordo com dados do Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), analisados e divulgados pelo Livre.Jor, a capital paranaense teve crescimento de 200% na população de rua nos últimos sete anos. E, para a 1ª secretária do Conselho Regional de Serviço Social do Paraná (CRESS-PR), Priscila Brasil, o novo coronavírus já demonstra agravar esta situação. Segundo a especialista, a entidade bateu o recorde de atendimento à população de rua nos últimos meses.
Para tentar diminuir os impactos da pandemia, diversas ações solidárias foram realizadas. Neste contexto, foi criado o Projeto Daruma, que busca auxiliar grupos que se encontram em situação de vulnerabilidade social. Os idealizadores vislumbraram na pandemia a motivação que necessitavam para dar início à organização. A última ação realizada foi a Campanha de Inverno, em que todas as doações foram direcionadas à Associação de Moradores e Clube de Mães Raio de Sol Vila Ivaí, responsável pela distribuição dos itens dentro da comunidade.
Um dos beneficiados pela Campanha de Inverno foi o catador de papel, Anderson. Ele mora sozinho desde que perdeu a mãe e se vira como pode para se manter. “Essas doações me ajudam no que eu preciso, como feijão ou óleo, a roupa também. A gente necessita essas coisas. […] Comida na mesa para o brasileiro é saúde, é alegria. Muito obrigado pelas doações, estou muito feliz”, afirma o profissional de recicláveis que recebeu as doações através da Associação de Moradores de Vila Ivaí.
Outro projeto da ONG é o Stand Solidário, que instala um ponto de doações de livre acesso à comunidade e sem a necessidade de contato físico com terceiros, evitando possíveis constrangimentos e diminuindo a possibilidade de contágio pela Covid-19. Desta forma pessoas em situação de vulnerabilidade social têm acesso a itens de higiene, alimentos, informações e dicas de prevenção ao vírus. “A ideia principal é a de que quem possa compartilhar com o próximo, doe, e quem esteja necessitado possa ser ajudado. Em momentos futuros, sugere-se que alguém que se beneficiou de alguma doação proveniente do stand, quando tiver a possibilidade, possa ajudar o próximo”, afirma um dos idealizadores do projeto, Thomás Yamamoto.
Atualmente a ONG está com o Stand Solidário funcionando na Vila Torres, junto à ONG Passos da Criança. Nesta ação, além dos itens de higiene, roupas e alimentos. Outra ação que está acontecendo é a arrecadação de doces e brinquedos que serão redirecionados às crianças da comunidade da Vila Zumbi, em conjunto com o Projeto Sociedade Crescer, no próximo dia 12.
Como ajudar
Para ajudar o Projeto Daruma, é possível colaborar financeiramente através do site oficial – www.projetodaruma.com.br –, onde estão os dados das plataformas Vakinha e PicPay e conta corrente para depósito. Outra forma de auxiliar é através de doações de alimentos e itens de higienes, que podem ser entregues no ponto do Stand Solidário, atualmente na Vila Torres, ou através do contato com a organização. “A interação e apoio nas redes sociais (@projetoDaruma) também nos ajuda bastante a executar o nosso trabalho, tendo em vista que com mais alcance nas redes, há a possibilidade de obter mais apoio ao Projeto, o que gera maior efeito de sinergia, consequentemente geramos um maior impacto transformador e positivo”, afirma Thomás.