Cooperação do Paraná com a Rússia para testar vacina contra Covid-19 está parada

por Juliane Capparelli
Cooperação do Paraná com a Rússia para testar vacina contra Covid-19 está parada

Por conta de revisões no projeto, o Instituto de Tecnologia do Paraná está aguardando definição do parceiro russo para continuidade 

Por Juliane Capparelli | Foto: qimono – Pixabay

Testes de desenvolvimento da vacina russa Sputnik V, contra a Covid-19, que deveriam estar em andamento no Paraná ainda não saíram do papel. A parceria entre o governo do estado e a Rússia foi anunciada no dia 12 de agosto deste ano. Porém, o Tecpar  confirma um atraso, informando que o acordo firmado com o Fundo de Investimento Direto da Rússia sofreu alterações nos últimos meses, e que, por conta disso, o avanço do projeto está comprometido.

Uma nota divulgada pelo Estado explica que depois da assinatura do memorando de entendimentos para cooperação técnica entre o Governo do Paraná e o Fundo de Investimento Direto da Rússia, o Tecpar iniciou a condução do trabalho. Dados sobre a vacina deveriam ter sido enviados para avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ainda em setembro. Além disso, a fase de realização de testes estava prevista para outubro. Nenhuma dessas etapas progrediu.

Com o atraso e as alterações propostas pelo Fundo de Investimento, as ações de cooperação do Tecpar dependem da resposta do parceiro russo. Questionado sobre as mudanças no projeto e o impasse que dificulta o andamento do processo, os representantes do Fundo não responderam a reportagem.

Vacinação na Rússia

Enquanto o Paraná aguarda, no país de origem da primeira vacina registrada no mundo, a imunização contra a Covid já começou. Apesar de os testes não terem sido concluídos ainda, a Sputnik V já está sendo aplicada. Ela está atualmente na última fase de testes, da qual 40 mil voluntários participam.

Mesmo com desconfiança da população, já que quando aprovada, em agosto, a terceira fase de testes nem havia começado, os pesquisadores russos afirmam que a vacina é 95% eficaz. Os resultados são de uma análise provisória divulgada no mês passado, em que os dados da fase final foram estudados. 

A prioridade para a vacinação na Rússia, realizada em duas doses, inclui professores, profissionais que atuam na área da saúde e assistentes sociais em 70 centros de vacinação em Moscou. Idosos, maiores de 60 anos, grávidas e pessoas que possuem doenças crônicas ainda não participam dessa primeira fase de imunização.

 

Autor