Confira um resumo das sessões e encerramento do Metrô Festival de Cinema Universitário

Festival se encerra com premiação e exibições que movimentaram a cena cultural de Curitiba no fim de semana
Por Rodrigo Angelucci
Depois da sessão de abertura, o Metrô Festival de Cinema Universitário, realizado em Curitiba, teve mais quatro sessões, com filmes selecionados exibidos até 20 de novembro. O Portal Comunicare acompanhou todos os dias da programação e aqui você confere um resumo das exibições, a partir do olhar do estudante de Jornalismo Rodrigo Angelucci.
Sexta, 18
O Metrô Festival de Cinema Universitário Brasileiro, sexta edição, teve duas sessões nesta sexta-feira (18/11). A primeira foi a Sessão Acessibilidade – O Enigma da Esfinge, onde pessoas com deficiência assistiram a seis curtas. Outra sessão, chamada de À Esquina, o delírio, também teve seis curtas, seguidos de um debate com os realizadores das produções. A Sessão Acessibilidade também se repetiu no sábado (19/11).
Os curtas da sessão À esquina, o delírio foram “Estática”, All-In”, “Azul Piscina”, “giacobits chikenitos”, “Mecanismo” e “Cabeluda”, foram produzidos em diferentes partes do país, em cidades como Curitiba e Recife. No final da sessão, os realizadores dos filmes participaram de uma conversa mediada por Gabriel Borges. Gabriela Queiroz (Estática), Rama Rambo (All-In), Pedro Fagim (Azul Piscina), olemasi (giacobits chikenitos), Gabriel Lima, Maria Beatriz e Isac Morais (Mecanismo) e Dera Santos e aColleto (Cabeluda) discutiram relataram como se inspiraram e como foi fazer os filmes. O curta “All-In”, por exemplo, foi inspirado pelo filme sueco “O Sétimo Selo”, dirigido por Ingmar Bergman (1918-2007).
Nesse dia do Metrô, os curtas eram marcados por uma estética de projetos underground, especialmente “giacobits chikenitos”, que retrata uma festa cheia de imagens coloridas, várias imagens e vários sons juntos e sem uma história propriamente dita, algo que lembra a música “Revolution 9”, dos Beatles.
Os destaques foram o “All-In”, um curta interessante e o mais acessível, e “Estática”, para um público mais mainstream. Por não ser uma narrativa tão hermética e difícil de se acompanhar, além de terem histórias que podem ser atrativas por tocarem em temas que podem cativar esse público mais heterogêneo, como um romance ou a questão da mortalidade de uma pessoa mais velha. A tensão final do curta “All-In”, que envolve um filho que, sem saber, joga baralho em uma aposta que envolve a vida da mãe. O final aberto do curta é o melhor momento da produção, que mantém a dúvida se o filho vai perder ou ganhar o jogo de baralho e se a mãe vai morrer ou viver.
Sábado, 19
O último dia de exibição dos filmes selecionados pelo Metrô Festival de Cinema Universitário Brasileiro ocorreu no sábado (19/11). Apresentou seis curtas, na sessão chamada Neblina e Poeira, mais uma reapresentação dos curtas da Sessão de Acessibilidade de 18 de novembro (O Enigma da Esfinge). Cada sessão foi seguida de um debate com os realizadores, com espaço para que o público participasse com perguntas. Os curtas da sessão Neblina e Poeira foram “Versão da Diretora, Estendida & Sem Cortes” (realizado por Bruna Barreto Fontoura), “3 da Manhã” (realizado por Renata Rosa), “Laika, Tito e o Universo” (realizado por Victor Pereira Brutas), “Eu, Eu Mesma e S(Eu) Afeto” (realizado por Giovanna Heroso), “O dilema dos Ombros” (realizado por Laís Pêgas) e “Noite Calma” (realizado por Gustavo Oliveira). Enquanto que os curtas realizados na sessão O Enigma da Esfinge foram “Vovó” (realizado por Franco Dafon), “Amaro” (realizado por Otávio Conceição), “Anunciação” (realizado por Lucas Mancini), “Dias de Isolamento” (realizado por Francisco Zotto), “Aflição” (Realizado por Luiza Venel) e “Praia dos Tempos” (realizado por Luan Santos).
As sessões de sábado provavelmente reuniram os melhores curtas do festival. “Versão da Diretora, Estendida & Sem Cortes” conseguiu promover uma experiência interessante de quebra da quarta parede com a diretora não sabendo o que fazer para entregar para o trabalho final da faculdade de cinema (tanto dentro do filme quanto na vida real, como Bruna Barreto disse no debate entre os realizadores). “Laika, Tito e o Universo” é um curta em stop motion bem feito e com uma boa dublagem, além de ter uma história divertida e que pode atrair pessoas de diferentes idades. “Eu, Eu Mesma e S(eu) Afeto” tem uma narrativa curiosa com todos os planos feito por closes e diferentes tipos de fotografia, como preto e branco no começo e colorido no restante do curta.
Na sessão O Enigma da Esfinge, os melhores curtas foram “Amaro”, um curta feito com fotos (algo curioso sobre os curtas é que praticamente todos os dias do Metrô tiveram algum curta feito com fotos, como foi com “Mecanismo” e “Brechó Brasil”) e com texto adaptado do livro “Bom/Crioulo” (1896), escrito por Adolfo Caminha (1867-1897), narrado em inglês. “Anunciação” causa certo estranhamento a princípio (o que pode ser positivo, como Lucas Mancini, o realizador do curta, disse no debate), mas mas aos poucos vai se encaixando à ligação com a história da Virgem Maria. “Dias de Isolamento” traz uma ideia simples, um dia (que na verdade foi filmado, como Francisco Zotto disse, em dias diferentes) na vida de uma família no isolamento social na pandemia e talvez possa se dizer que esse seja o mais “família” entre os curtas, pois é uma produção com trama simples e que pode trazer uma identificação a várias pessoas que acabaram tendo que ficar em casa com outros membros da família.
Domingo, 20
O último dia da 6.ª Edição do Metrô – Festival do Cinema Universitário Brasileiro começou na tarde de sábado (20), na Cinemateca de Curitiba, com o Pitching aberto ao público do MetrôLab.
A Sessão Especial – Olhar o Passado, Mirar o Futuro, foi a útima da maratona de exibições. Na noite de sábado, o encerramento do festival foi marcado pela cerimônia de premiação. Todos os filmes premiados podem ser conferidos no site oficial do festival.
Serviço
Se você quiser conferir mais detalhes de como foi o Metrô Festival de Cinema Universitário, confira no canal do Youtube. Siga o Festival Metrô também no Instagram e Facebook.