Como será a crise econômica pós-coronavírus no Brasil

por Marina Geiger
 Como será a crise econômica pós-coronavírus no Brasil

Segundo especialista da área, o Brasil por ser uma economia emergente nós vamos sofrer impacto maior. Ministério da economia também prevê estimativa em relação ao PIB.    

Por Giovana Kucharski, Marina Geiger e Rodrigo Angelucci

Especialista da área econômica afirma que o Brasil por ser uma economia emergente irá sofrer um impacto maior. O ministério da economia também fez uma estimativa sobre o impacto  e apresentou em um cenário mais otimista, o impacto da epidemia no crescimento do PIB em 2020 será de apenas -0.10 pontos percentuais. Em contrapartida, o cenário mais extremo indica queda de 0.66 pontos percentuais.
O economista Carlos Magno, presidente do conselho Regional de Economia do Paraná, afirmou que na economia nós sempre falamos da livre iniciativa do capitalismo e o socialismo que é uma presença mais de estado, o que está sendo solicitado neste momento é que  o estado venha a socorrer os municípios. “Nesse momento as medidas tomadas do governo equivale a 5% do PIB quase 800 bilhões de reais que será injetado na economia.” Ele afirma que o Brasil está passando por uma recessão como 2014, por conta do covid-19, 2020 foi um ano perdido, com crescimento negativo por causa dos impactos.

Sobre os impactos baseado na história do Brasil e do mundo, o professor de história, atualmente graduando em ciências sociais, Hericsson Bueno Marchiorato, discorreu sobre os impactos do coronavírus em relação a outras pandemias e outras recessões econômicas. Ele aponta que de certo modo  podemos prever como será o mundo pós coronavírus, desde a peste negra até o covid-19, todas as pandemias que passaram pela história humana de alguma forma atrapalharam o crescimento econômico. Segundo alguns estudos geopolíticos e econômicos a maior crise econômica desde o século XX desde a grande depressão, quando houve a queda da bolsa de Nova Iorque quando houve a queda da bolsa de valores. “A ideia é a pior recessão econômica desde o ano de 1929. Grande espectro de nos aproximarmos do que foi o grande baque econômico em relação ao mundo todo. Isso ja é bastante previsto por economistas, sociólogos, geopolíticos, etc.”

A partir das análises da Diretoria do Banco Itaú, o Conselho Deliberativo ponderou sobre os seguintes pontos: O reflexo da crise atual nos valores dos ativos financeiros foi muito intenso e rápido, os mercados financeiros do mundo todo estão operando em um cenário de grande incerteza e não se sabe a velocidade de recuperação das economias. Trata-se, assim, de um momento complexo para a tomada de decisão em relação a alterações de investimentos. A liquidez dos ativos em todos os mercados ficou bastante prejudicada neste cenário de incertezas. A venda de grandes posições nesta circunstância, em decorrência de uma mudança em massa de perfis, torna-se um desafio adicional. E os investimentos em previdência complementar pressupõem uma visão de longo prazo, não devendo, portanto, se deixar influenciar, de modo tão decisivo, por oscilações de curto prazo nos mercados, sob os riscos descritos nos três itens anteriores.

A proprietária de uma sorveteria no bairro Uberaba, Marisa Simão, conta que logo no inicio dos casos tomou medidas de higienização no estabelecimento e desativar o parquinho infantil, logo depois deixaram somente mesas externas e desativaram o serviço de buffet, pois percebeu que os clientes não estavam preocupados em lavar as mãos para se servirem. “Como é uma sorveteria e está fazendo muito calor, o lugar estava sempre cheio mesmo que para levar (o sorvete) para casa, pois as pessoas vêm para a sorveteria para passear com a família”, acrescenta Marisa. Como começou a se sentir desprotegida, ela conta que com um papel social de responsabilidade resolveu fechar a sorveteria mesmo antes do decreto. Ela também diz que atualmente está apenas com uma funcionária, e que ela entra no grupo de risco. A funcionária foi dispensada e sem previsão de retorno, mas continua sendo remunerada normalmente. Marisa diz que é evidente que ficará um grave prejuízo financeiro, pois tentou retornar em um domingo somente para a retirada de produtos na porta da loja, para manter a distância e proteção, mas acabaram formando fila fora do estabelecimento pois “as pessoas não estão preocupadas em manter distância uma das outras, apenas com o seu sabor favorito. Não consigo trabalhar assim, me sinto responsável socialmente, não posso trabalhar estressada pedindo para que as pessoas mantenham distância ou então para que se aproxime uma por vez. Então mais uma vez, abro mão da loja para manter minha saúde mental e física.”

Em relação a expectativa da área da saúde, a doutora Flavia Cunha Gomide, infectologista, contou sobre suas expectativas em relação ao pós coronavírus. Ela apontou que espera que as pessoas aprendam a ter higiene em relação a tosse e a sintomas respiratórios. 

Ela espera que saibam que não pode passar pros outros, o infectado tem que bloquear a tosse, usar máscara para não contaminar os outros. E também espera que as pessoas tenham consciência que as pessoas mesmas se contaminam por mais que o ambiente esteja contaminadas, o último passo da contaminação é da nossa mão pro nosso rosto, é outra coisa que as pessoas tem que aprender a mudar daqui pra frente, não ficar coçando o olho, o nariz, a boca com a mão suja, o mundo inteiro tem que aprender isso, ela espera que o pós coronavírus traga isso. Que as pessoas comecem a ter uma conscientização de higiene com as próprias mãos e de higiene com a tosse também.

 

 

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