Casamento Coletivo é adiado para julho em função do coronavírus

por Isadora Mendes
Casamento Coletivo é adiado para julho em função do coronavírus

Cerimônia na Arena da Baixada que aconteceria no dia 28 de março, que pela primeira vez contaria com casais de todo estado, é adiada e TJPR já pensa em nova data

Por Herick Pires, Isadora Mendes e Raissa Micheluzzi

A quarta edição de um Casamento Coletivo seria realizado no dia 28 de março na Arena da Baixada, em Curitiba, mas precisou ser adiado por conta do coronavírus, assim como diversos eventos que contariam com a presença de mais de 50 pessoas. A cerimônia está prevista para acontecer no mês de julho, mas ainda sem data exata informada pela Secretaria de Justiça no Bairro, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR). Segundo os organizadores do evento, novos casais poderão ser inscritos para participar do casamento.

Anteriormente ao adiamento do evento, as inscrições para o evento chegaram a ser prorrogadas até o dia seis de março, e segundo a assessoria do Sesc, o motivo foi a apresentação e solicitação de documentos que demoravam
para ser entregues aos noivos, e a decisão de adiamento foi tomada pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR). Além disso, a definição de casais de fora de Curitiba e Região Metropolitana poderem fazer parte da cerimônia, pela primeira vez desde o início do Casamento Coletivo, foi feita para que houvesse maior representatividade
de todo o estado.

A cerimônia coletiva é uma opção para aqueles cidadãos que não tem condições de realizar um casamento, mas fazem questão. Podem se inscrever casais, independente de orientação sexual, com renda de até três salários mínimos (o equivalente a R$ 3.117,00). A vendedora Chrislaine Fabielle, conta que soube do casamento através das redes sociais, “fiquei sabendo do casamento coletivo pelo Facebook, decidi fazer minha inscrição porque não temos condições de pagar para casar. Eu e minha irmã vamos nos casar no mesmo dia e todos os conhecidos e
família gostaram muito da ideia”.

Além da comprovação de renda, os casais devem apresentar uma documentação exigida em algum cartório de registro civil, nas unidades do CRAS ou em sedes do Sesc espalhadas pela cidade. Na região metropolitana, os
responsáveis pelo recebimento de documentos foram cartórios e, assim como em Curitiba, o CRAS. Uma vez inscritos, os noivos deverão comparecer ao cartório que for indicado, acompanhados de duas testemunhas (que não podem ser os pais do casal), levando o formulário de encaminhamento do CRAS e toda a documentação
apresentada no ato de inscrição.

Por ser uma cerimônia direcionada à casais de baixa renda, alguns projetos de arrecadação de roupas foram realizados, como o do advogado Diogo Busse, que mobilizou colegas de profissão que doaram desde roupas e sapatos sociais até mesmo vestidos de noiva. O recolhimento de doações foi feito de maneira rápida segundo o advogado, e interessou a equipe do Sesc, um dos parceiros do Casamento Coletivo, a ser repetido em outros eventos, “comprometi para que a gente faça e desenvolva essa parceria para as próximas porque a gente quer continuar contribuindo”, declarou Busse. As roupas arrecadadas foram sorteadas para casais que estiveram presentes na reunião de preparação do evento.

O Casamento Coletivo é uma realização da Secretaria de Justiça do Bairro, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) e conta também com colaboração de instituições como o Sesc Paraná, Cartórios de Registro Civíl e também com a
Prefeitura Municipal de Curitiba, através das unidades do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS).

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