Atletas paranaenses conquistam 5 das 56 medalhas brasileiras nas Paralimpíadas de Paris 2024

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Dos 280 brasileiros nas Paralimpíadas, 28 são paranaenses, maior delegação já enviada pelo Estado
Por Maria Eduarda Honório e Nicole Duarte | Foto: André Yamazaki Pereira/Instagram
Atletas paranaenses já conquistaram cinco medalhas nas Paralimpíadas de Paris 2024. De uma equipe de 280 brasileiros, 28 são paranaenses, o que corresponde à maior delegação já enviada pelo Estado a uma Paralimpíada. As medalhas paranaenses são das nadadoras Beatriz e Débora Carneiro, do triatleta paradesportivo Ronan Nunes e da atleta Lorena Spoladore.
Em Tóquio 2020, o Paraná participou com 25 representantes, entre atletas e técnicos, e no Rio 2016, com 18 representantes. A abertura da 17ª edição dos Jogos Paralímpicos foi realizada no último dia 28, dando início à competição, que irá até 8 de setembro. O evento reúne cerca de 4,4 mil atletas, que competem em 22 modalidades.
O esporte com mais representantes paranaenses é a natação, contando com seis atletas: Alan Kleber Basilio, Andre Yamazaki Pereira, Beatriz Carneiro, Bruno Becker, Debora Carneiro e Vitória Caroline da Silva. Além disso, o Paraná tem representantes em outras 11 modalidades:
- Canoagem: Adriana Gomes de Azevedo, Igor Alex Tofalini, Mari Santilli e Miqueias Elias Rodrigues
- Voleibol Sentado: Alex Pereira Witkovski, Anderson Rodrigues dos Santos e Edwarda de Oliveira Dias
- Futebol de Cegos: Cassio Lopes do Reis, Jeferson da Conceição Gonçalves e Tiago da Silva
- Atletismo: Aline dos Santos Rocha, Lorena Silva Spoladore e Vinícius Gonçalves Rodrigues
- Badminton: Italo Hauer e Vitor Gonçalves Tavares
- Ciclismo: Jady Martins Malavazzi
- Esgrima em Cadeiras de Rodas: Carminha Celestina de Oliveira
- Taekwondo: Rodrigo Ferla
- Tiro com Arco: Juliana Cristina Ferreira da Silva
- Tiro Esportivo: James Walter Lowry Neto
- Triatlo Paradesportivo: Ronan Numes Cordeiro
Dos 28 paratletas que estão na capital francesa, 20 são bolsistas do programa Geração Olímpica e Paralímpica (GOP), e 13 são apoiados pelo Proesporte (Programa de Fomento e Incentivo ao Esporte do Paraná), do Governo do Estado.
Até a edição desta reportagem, o Brasil havia conquistado 56 medalhas nas Paralimpíadas de Paris 2024, com destaque para 15 medalhas de ouro. O país está em 6.º no ranking, com a China liderando com 60 ouros. Com esse número de medalhas, o Brasil alcançou a marca histórica de 400 medalhas em Jogos Paralímpicos.
Medalhas paranaenses
A nadadora Beatriz Carneiro, uma das medalhistas do Paraná, foi diagnosticada com deficiência intelectual aos 6 anos de idade, começou a nadar por hobby e, aos 12 anos, começou a competir. Está desde 2017 na Seleção Brasileira. Medalhista olímpica, levou o bronze nos 100m peito SB14 em Tóquio 2020.
A nadadora conquistou duas medalhas, sendo uma delas no domingo (1º): a medalha de bronze, na prova mista de revezamento 4×100 metros livres da natação. A outra medalha foi conquistada nesta segunda-feira (2), dividindo o pódio pela primeira vez em Jogos Paralímpicos com a própria irmã gêmea. Débora ficou com a prata, com 1min16s02, seguida da irmã, Beatriz, que conquistou o bronze, com 1min16s46. Elas competiram na prova dos 100m peito da classe SB 14, para atletas com deficiência intelectual.
Ronan Nunes Cordeiro, curitibano de 27 anos, conquistou a primeira medalha brasileira no triatlo paralímpico, ficando com a prata na classe PTS5. Ele completou a prova em 59 minutos e 01 segundo. Ronan, que tem uma má-formação congênita na mão esquerda, começou na natação em 2012 e migrou para o triatlo em 2018. Em seis anos na modalidade, já foi terceiro no mundial de 2021 e medalhista em três etapas da Copa do Mundo.
Nesta terça-feira (3), Lorena Spoladore, de Maringá, ganhou mais uma medalha para o Brasil, com o tempo de 12 segundos e 14 décimos, a paranaense conquistou o bronze na final dos 100 metros do atletismo da classe T11 (formada por deficientes visuais). A medalha de ouro ficou com a acreana Jerusa Gerber, com o tempo de 11 segundos e 80 décimos. Com esta conquista, Lorena soma três medalhas paralímpicas. Em 2016, no Rio de Janeiro, ganhou prata no revezamento 4×100 e bronze no salto em distância.