Adaptação dos animais maltratados em seus novos lares pode demandar tempo

por Lorena Gabriella de Souza Frade
Adaptação dos animais maltratados em seus novos lares pode demandar tempo

Os animais adotados que sofreram maus tratos ou abandono precisam de um tempo maior para se adaptarem ao novo lar, o que nem sempre é fácil

Por Lorena Souza

A adaptação dos animais adotados que têm histórico de maus tratos ou passaram pouco tempo com pessoas nem sempre é fácil, como explica a veterinária Cláudia Terzian para o site da Prefeitura. Muitos optam pela devolução dos bichos ou abandoná-los.

A estudante Ana Flávia Biobok, 18 anos, diz que o Centro de Referência para Animais em Situação de Risco é importante, “eles realmente priorizam a saúde dos animais e o quanto eles precisam de cuidado”. Ela também relata que adotou uma vira-lata que foi maltratada, “ela ficou na empresa do meu pai com um funcionário que morava lá com a família dele. Ela era bem gordinha e depois emagreceu bastante, porque não davam comida para ela.” após o ocorrido Ana decidiu acolhê-la. A vira-lata passou a demonstrar afeto em sua nova casa. “Não é difícil cuidar da Shu, porque ela é só amor. Ela é realmente muito carinhosa e muito carente, sempre quer ficar junto com a gente, ela é muito alegre e muito carinhosa.” afirma Ana.

Após a morte do seu cachorro Ester Marcondes conta que recebeu a chance de cuidar de um outro. Ao levá-lo ao veterinário, ela foi informada que ele só havia tomado as vacinas para bebês e estava com Sarna Negra (doença que causa problemas de pele ao animal, além de coceiras. Se não tratadas, podem evoluir para feridas.) “Ele estava completamente tomado. As patinhas ele não punha nem no chão de tanta dor. O veterinário disse que teria que ter um cuidado muito sério com ele. Além disso uma vista dele estava com uma névoa por cima, ele sofria muito.” Ester cuidou do cachorro até ele ficar melhor.

A presidente da Associação Adote com Consciência, Caroline Trinoski, explica que os animais do local são resultados de resgates e que, por ser uma associação pequena, não são capazes de receber pedidos de acolhimento. O animal socorrido passa por tratamentos e cuidados, além de obter pelo menos a primeira dose da vacina. “Abaixo de quatro meses o adotante deve completar o ciclo de vacinação e deixar a castração paga e agendada. Acima de quatro meses eles já vêm para a clínica castrados e vacinados.” Antes de adotar é necessária uma entrevista e levar RG, CPF e comprovante de residência. A associação pede de dez quilos de ração ou R$ 50,00 como forma de continuar o trabalho que não possui fins lucrativos.

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