Cobrança da tarifa de água do Paraná sofrerá mudanças a partir de 2025

{"ARInfo":{"IsUseAR":false},"Version":"1.0.0","MakeupInfo":{"IsUseMakeup":false},"FaceliftInfo":{"IsChangeEyeLift":false,"IsChangeFacelift":false,"IsChangePostureLift":false,"IsChangeNose":false,"IsChangeFaceChin":false,"IsChangeMouth":false,"IsChangeThinFace":false},"BeautyInfo":{"SwitchMedicatedAcne":false,"IsAIBeauty":false,"IsBrightEyes":false,"IsSharpen":false,"IsOldBeauty":false,"IsReduceBlackEyes":false},"HandlerInfo":{"AppName":2},"FilterInfo":{"IsUseFilter":false}}
Modelo de cobrança de água por tarifa mínima será substituído pela tarifa básica
Por Nicole Duarte, Felipe da Luz e Gabrielle Aguiar | Foto: Nicole Duarte
O reajuste na conta de água no Paraná, anunciado em abril, que entrou em vigor em 17 de maio, deve ser o último neste modelo de cobranças. O reajuste causou um aumento de 2,95% sobre a tarifa mínima. Segundo a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), a “tarifa mínima” não permanecerá valendo a partir do ano que vem. A Sanepar deverá implementar um novo sistema de cobranças.
A cobrança deixará de ser fixa por consumo mínimo e passará a adotar a Tarifa Básica de Disponibilidade (TBD), que sugere que o valor pago pelos consumidores seja proporcional ao volume consumido. O novo modelo visa incentivar o uso consciente para economizar água.
Neste novo modelo, quem consome menos de cinco metros cúbicos vai pagar a tarifa básica, mais o consumo que tiver. Atualmente, quem consome entre zero e quatro metros cúbicos paga o equivalente a cinco metros cúbicos na tarifa de água.
A mudança vinha sendo discutida e estudada desde 2020. Em 2023 o reajuste da tarifa mínima, que foi 8,23%, já contemplava também os investimentos para que o novo modelo de cobranças entrasse em prática, em 2025.
O chefe da Coordenadoria de Saneamento da Agepar, Christian Luiz da Silva, afirma que, na prática, a nova estrutura beneficiará quem consome abaixo de cinco metros cúbicos de água, porque pagarão apenas TBD mais o consumo que tiverem. Já quem consome mais pagará mais; porém, o pagamento será proporcional ao consumo. “A perspectiva é de que àqueles que consomem menos tendam a pagar menos”.
Pela complexidade de implementação, que exige adequação da Sanepar e dos próprios usuários, a nova estrutura entra em vigor apenas em 2025, quando terá início a 3ª Revisão Tarifária Periódica. Até lá, o processo de implantação será acompanhado por um Grupos de Trabalho, formado por uma equipe multidisciplinar.
A síndica Andrea Cruz, do residencial Ilha do Sol, no Bairro Alto, em Curitiba, relata que o consumo atual em seu condomínio aumentou. “Neste mês, nós estamos consumindo uma média de 12 metros cúbicos por apartamento, o que é um nível muito alto”.
Andrea ainda conta que percebe o incômodo dos moradores com os reajustes. “ As pessoas se incomodam bastante, porque mexe no bolso, né? E, por ser em grupo, uma conta conjunta para todos os moradores do condomínio, as pessoas não se responsabilizam. Espero que, com esse aumento significativo, as pessoas tentem economizar um pouco”.
A Sanepar afirma que uma família de três pessoas, em média, pode utilizar cerca de 300 litros de água ao dia. Em 2010, a média de consumo era de 236,3 litros usados por cada habitante diariamente . O consumo de uma única pessoa que gasta 200 litros de água ao dia é o equivalente à 66% do que uma família inteira pode gastar diariamente, sem que se precise fazer grandes sacrifícios, apenas uma mudança de conduta.