Muros de Curitiba se transformam em molduras

por Ex-alunos
Muros de Curitiba se transformam em molduras

Pelo terceiro ano consecutivo a capital abre espaço para incentivar a prática da “grafitagem”.

Por: Caroline Stédile e Thiana Perusso

Fotos: Melvin Quaresma

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A terceira edição do Street of Styles CWB – Encontro Internacional de Graffiti 2014 teve duração de três dias (entre 11 e 13 de abril) e atraiu cerca de 250 artistas, distribuídos entre 16 estados brasileiros e sete países. Os artistas tiverem a oportunidade de fazer suas intervenções em dois espaços cedidos pela Prefeitura de Curitiba, uma escola e um ginásio no Bairro Novo.

“A cada ano vem mais pessoas de lugares diferentes e o feedback que recebemos dos artistas é que esse é o melhor evento do gênero aqui no Brasil”, conta Neto Vettorello, grafiteiro há 16 anos e um dos organizadores do Street of Styles CWB.

O fotógrafo e grafiteiro curitibano Wagner Van Pelt começou a aprimorar sua arte pelos muros há aproximadamente 10 anos. “Minha inspiração vem principalmente dos elementos do circo, freak show, sagrado e profano e a partir daí desenvolvo personagens. Prefiro usar sempre cores vivas e traços retos”, conta.

Artistas de outros lugares do país como Isy, de Manaus, e Marlon Musk, do Rio de Janeiro, se inscreveram e vieram a Curitiba para participar do evento pela primeira vez. Isy se interessa principalmente por desenhos que representem o mundo feminino de uma forma positiva e elementos da natureza. “Desenho desde criança, mas quando  eu comecei a ver os grafites em Manaus me apaixonei”.

O grafiteiro Musk é professor de grafite de um grupo jovem em uma comunidade carente no Rio de Janeiro e tira sua inspiração de cenas do dia a dia. “Quando eu vejo o muro, lembro daquelas milhões de ideias que tive e imagens que vi e o desenho começa a aflorar”, revela ele.

O mexicano Saul Adrian faz grafites há 19 anos e veio para o Brasil pela primeira vez para mostrar sua arte e ajudar nessa mistura de culturas. “Meus desenhos são primeiro feitos em um caderno e depois passados para os muros”, conta Adrian.

Além da mistura de cores dos grafites, o evento teve outras atrações para a comunidade, como um muro de escaladas, workshops, show de rap, pista de skate e um campeonato de break.

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