Curitiba tem volta com shows, entretanto protocolos são quebrados

por Vinicius Setta
Curitiba tem volta com shows, entretanto protocolos são quebrados

Capital volta com shows após longo período sem concertos musicais, o primeiro aconteceu no último dia primeiro com apresentação  de Jorge e Mateus no Live Curitiba

Durante a pandemia, a Prefeitura de Curitiba em conjunto com a Polícia Militar, uniram forças para incluir ações da AIFU Covid visando a fiscalização de aglomerações. A nova operação teve como registros cerca de 12 ocorrências por semana com lugares extremamente lotados, entretanto com a retomada dos shows, o órgão foi adequado para inspeção em eventos de maior porte, como jogos e concertos musicais, porém, como destacado pela população, os estabelecimentos que receberam eventos musicais não respeitam os protocolos de retorno.

 

Em retomada ao público e shows na capital, a dupla Jorge e Mateus se apresentou no último dia 1 na Live Curitiba, esse foi o primeiro show após a flexibilização da Prefeitura levando  em consideração o baixo número de casos ativo na cidade (cerca de 20 a menos do que período passado), o número diário de casos (queda de 6,3%) a taxa de transmissão (abaixo de 1) e também o número de vacinados na cidade que já chega a 93%.

 

Em torno de 3000 pessoas estavam no show, o qual tinha como proibição principal o comércio de bebidas alcoólicas, porém a estudante Heloísa Ormeneze que esteve no local relata que: “O pessoal ficava em pé cada um na sua mesa, entretanto havia muita gente sem máscara e houve sim venda de bebidas alcoólicas”. Antes do evento, a casa havia relatado que o espaço seguiria todas as normas previstas no decreto: “A casa foi adaptada e o evento será com mesas e cadeiras, prevendo o distanciamento social e por isso, com a capacidade reduzida.”  Após o evento, o espaço foi procurado, entretanto não houve uma resposta acerca de quebras de protocolo. No evento também esteve presente Alana Bortolazza, de 18 anos, que relatou outra quebra de protocolo que era previsto, segundo a estudante ninguém no local estava de máscara, e nos camarotes não houve distanciamento. “Não tive que fazer teste de Covid para ir, só tivemos que usar máscara na portaria, não medimos temperatura e não teve que passar álcool gel, não teve nada”, concluiu. “O nosso camarote ficou uma hora lotado, lotado! Não tinha nenhuma fiscalização pedindo para controlar as pessoas que entravam nos camarotes e para colocar máscara”

 

Após muita discussão entre especialistas, profissionais da área da saúde, entre eles Hilário Camargo, a volta de shows está assertiva,”Lugares fechados, como festas, estão liberados apenas para a população de 18 anos pra cima, Aqui em Curitiba já estamos com a população adulta com as duas doses da vacina, e com duas doses é muito difícil a pessoa pegar o vírus e morrer, até porque a população idosa geralmente não frequentam esses espaços” destacou o profissional, que também citou a importância da socialização no período pandémico  “É fato que depois da pandemia vão existir várias doenças neurológicas, então não pensando só na medicina e no avanço da doença, a parte social e parte econômica para mim tem que abrir mesmo” concluiu

 

A volta de público no futebol

 

Após um ano e seis meses sem a torcida presente nos estádios, decreto da prefeitura publicado no dia 18 de Agosto permite a volta de 20% do público nos estádios e proíbe a venda de bebidas alcoólicas, a capacidade máxima era de 5000 pessoas e o primeiro jogo após a retomada da torcida foi Coritiba e Guarani pela vigésima sexta rodada do Campeonato Brasileiro Série B, tendo como público total cerca de 1701 pessoas.

 

Diferententemente dos shows, o decreto da volta de público aos estádios de futebol foi respeitado pela maioria das pessoas,

Os lanchonetes e bares estavam realmente fechados e o uso de máscara era constantemente vigiado por fiscais que pediam para que o torcedor colocasse a máscara.

 

Já, com o avanço da vacinação na cidade, em novo decreto publicado no último dia 4, prevê a flexibilização máxima permitindo 100% da capacidade, para Matheus Alipio que esteve presente em um dos jogos após a liberação diz que ” na minha visão, 95% das pessoas que observei respeitaram o uso de máscara e o distanciamento, em poucas oportunidades as pessoas tiravam a máscara, em casos como comemoração de gol, ou até ofender o árbitro da partida”.

 

Natan França, de 18 anos, voltou a frequentar jogos na Arena da Baixada  recentemente e afirmou: “Pelo menos na Arena as cadeiras estavam separadas com fitas, as cadeiras que respeitavam o distanciamento estavam sem, ai dava para sentar”.Ele também destacou que as pessoas cumpriram o distanciamento na hora do jogo. “Como o estádio não estava tão cheio eu vi que as pessoas ficavam de máscara a maioria do tempo e não estavam amontoadas”.O estudante ainda fez um apelo “A vida tem que seguir, agora que já tá a maioria da população vacinada não tem porque oprimir quem quer sair ver um jogo de final” concluiu.

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