Futuro do Jornalismo da PUCPR passa pelo Núcleo Multicom

Com evolução do mercado de trabalho, instituição propõe matriz inovadora integrando os cursos de comunicação
Por Giovana Bordini, Mariana Alves e Mariana Toneti | Foto: Divulgação/PUCPR
Há 60 anos, o curso de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) era a novidade da capital. Seis décadas se passaram, mas a inovação e preocupação com o futuro ainda são características do DNA dessa graduação. Hoje, o novo horizonte dos alunos da Escola de Belas Artes – que envolve Arquitetura, Design Cinema e Audiovisual, Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Relações Públicas – é ser multicomunicação.
Além do mercado de trabalho mais exigente, há também a evolução constante das tecnologias e formas de linguagem. Por tais motivos, os cursos Multicom compartilham disciplinas, laboratórios e experiências, a fim de proporcionar um comunicador completo. O jornalista e professor da PUCPR Paulo Camargo afirma que o jornalismo do futuro será multimidiático, por isso, o aluno de Belas Artes da universidade já inicia a vida acadêmica com experiência em diversas áreas da comunicação.
Outro benefício é a possibilidade de cursar uma segunda graduação de comunicação em menos tempo, já que muitas disciplinas se encontram anteriormente. Esse fator foi um incentivador para a caloura de Jornalismo Marina Poland, uma vez que “todos os cursos estão no mesmo círculo”. Além disso, a acadêmica também considera “uma ótima forma de conhecer os outros meios e formas de comunicação”.
O que significa ser multi comunicador?
Para o jornalista e pesquisador Rogério Christofoletti, o próximo passo do jornalista é a busca pelo aperfeiçoamento, mas, além de tudo, ser um profissional com versatilidade. “Ser versátil significa mais que ele esteja disposto a aprender coisas novas sempre, que possa migrar de uma função para outra com alguma agilidade, e que compreenda que o jornalismo é uma atividade ampla e necessária.”
Para Camargo, a nova realidade do mercado pede pessoas que “sejam capazes de produzir o seu próprio conteúdo; profissionais que tenham autonomia e a capacidade de ser polivalente, com essas habilidades diversificadas.” O desafio é grande, mas os benefícios são inúmeros, já que “este será um profissional que vai conseguir se encaixar em muitas e diversas posições, e isso vai lhe dar um poder maior de barganha dentro do mercado de trabalho.”
Perspectivas para o futuro
Monique Vilela é jornalista, formada na PUCPR em 2004. O que sempre chamou a atenção dela foi a tradição da instituição na formação de jornalistas. A repórter da Banda B comenta que a formação acadêmica é a sustentação para o início da caminhada no mercado, algo que tende a permanecer vigorando com mais qualidade e ambição do corpo docente na Pontifícia.
O curso é muito híbrido. Paulo Camargo ainda comenta que uma competência apenas não combina mais com o perfil atual de um comunicador, tendo em vista sua função social. Além disso, Rogério Christofoletti enfatiza: “muitos meios estão recorrendo a diversas formas para chegar ao seu público, por meio de podcasts, canais de streaming, newsletters, de maneira a envolver seu público e garantir a sua atenção. Bons jornalistas são curiosos sempre, pois há muito a se descobrir, há muito a ser revelado.”