Moradores de Curitiba reclamam do barulho dos trens

A discussão sobre o som dos trens voltou a ser assunto na Câmara Municipal. O projeto de lei visa modificar as normas sobre o apito emitido pelos trens
Por Aline Bellino
O apito constante dos trens que atravessam Curitiba está recorrentemente em pauta nas discussões dos moradores de bairros próximos da linha ferroviária. O assunto tomou grandes proporções e o barulho dos trens voltou a ser debatido na Câmara Municipal de Curitiba.
Michele Domingues, moradora do bairro Cristo Rei, conta que durante a noite o som atrapalha os descanso. “No período noturno o incômodo é maior, dificulta muito o sono, o barulho é tão intenso que eu tenho acordado várias vezes por noite.”
Segundo dados disponibilizados no site da Prefeitura, a cidade tem 62 passagens de nível, que são áreas onde o trilho do trem cruza com alguma rua. Nesses locais, a norma é de que os trens apitem pelo menos 100 metros antes de passar pelos cruzamento. O trem precisa apitar para garantir a segurança e esse barulho é um problema para os moradores.
De acordo com a Lei 10.625/2002, o volume do apito do trem não pode ultrapassar 55 decibéis. Mas segundo os moradores, o som é muito mais alto. “No começo deste ano o barulho começou a ficar muito mais intenso, não só pelo apito do trem, mas aparenta que os trens estão mais carregados, e a movimentação deles faz um barulho muito alto”, declara João Antonio Perbiche, proprietário de imóvel no Cristo Rei.
Em nota a assessoria de imprensa da prefeitura conta que embora saibam desse problema, não podem tomar nenhuma medida, pois a legislação obriga os trens a apitar antes de 100 metros de cruzar alguma via.
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Um projeto de lei, criado pelo vereador Bruno Pessuti (PSD), será debatida na Câmara Municipal de Curitiba no dia 3 de outubro, com o objetivo de diminuir e fiscalizar o volume dos apitos dos trens. Em posicionamento, Pessuti considera que é necessário o alerta sonoro, porém, há outros meios para alertar as pessoas da passagem da locomotiva. Cancelas e avisos por meio de sinais luminosos são algumas das alternativas mencionadas pelo vereador.
Em nota, a empresa Rumo, responsável pelos trens, informa que segue todas as normas, e relembra que o apito é uma medida de segurança. Os veículos trabalham constantemente.
[caption id=”attachment_34220″ align=”alignnone” width=”410″] Infográfico sobre leis relacionadas aos trens em Curitiba.[/caption]