Jovens escoteiros aprendem cidadania através de atividades práticas

por Laís da Rosa
Jovens escoteiros aprendem cidadania através de atividades práticas

O escotismo tem como principal objetivo formar cidadãos ativos

Por Laís da Rosa

O Grupo Escoteiro Santa Mônica, junto com a União dos Escoteiros do Brasil (UEB-PR), promoveu no dia 05 de maio a 27ª edição dos Jogos da Fraternidade, que reuniu mais de 3 mil escoteiros em Curitiba. O evento teve como objetivo incentivar os jovens a interagir, desenvolver vínculos de amizade e espírito fraterno entre todos os escoteiros.

Pedro Antonio Kretzer, 17 anos, participa desde 2012 no grupo escoteiro Ar Thalia – 21/PR, ele conta que o escotismo é mais do que um esporte, pois realizam atividades de desenvolvimento pessoal, desenvolvem a liderança, aprendem a trabalhar em grupo, praticam habilidades manuais necessárias para um acampamento, atividades espirituais, autoconhecimento, realizam debates e projetos. Ele afirma que em algumas atividades, as patrulhas (subdivisão dentro de um grupo) competem entre si de forma leal e esportiva. “Acredito que o objetivo do escotismo seja formar cidadãos para o mundo, cidadãos ativos e que fazem a diferença, a fim de tornar o mundo um lugar melhor”, afirma Kretzer.

A diretora e presidente do grupo Ar Thalia – 21/PR, Michele Kalluf Piola, explica que cada grupo escoteiro normalmente tem quatro ramos divididos por idade, são eles: alcatéia (sete a 11 anos), escoteiros (12 a 15 anos), sênior (16 a 18 anos) e o clã (18 a 21 anos). Ela afirma que cada ramo possui um chefe e assistentes, os chefes são voluntários que muitas vezes são os pais dos jovens escoteiros, mas é preciso um período de três meses de experiência para depois ser aceito. A diretora diz que para os lobinhos o planejamento das atividades é feito pelos chefes e nos outros ramos os escoteiros ajudam nas escolhas das atividades. “As competições podem acontecer entre grupos ou entre patrulhões, que são formados por várias tropas escoteiras, uma mistura de vários grupos”, afirma Michele.

Fabiana Gouveia, que participa do movimento escoteiro há oito anos, fala que os benefícios em participar do escotismo são: amadurecimento, melhor relação com a natureza, aprendizado de vida e oportunidade de conhecer pessoas em quem se pode confiar e chamar de família. Ela afirma que as atividades de estratégia, agilidade e desenvolvimento pessoal são realizadas pelo grupo. “O escotismo me fez amadurecer muito, me ensinou a ser líder, a respeitar, entender que somos todos iguais. Eu vou levar isso para o resto da minha vida”, diz Fabiana.

Lucas Luy Duarte, escoteiro há 12 anos, afirma que todo escoteiro pode ganhar distintivos que servem como uma identificação, indicam o último acampamento que participou, quantos anos está no movimento, o numeral do grupo e também servem para mostrar seu desenvolvimento, especialidades e honrarias. Ele conta que os distintivos são substituídos, um novo é costurado no traje e os antigos são guardados como uma lembrança. “Os distintivos de especialidade, que vão no braço, você precisa conquistar, os de honrarias, você precisa merecer e para merecer é necessário conquistar especialidades e algumas obrigações”, diz Duarte.

Atualmente são 136 grupos de escoteiros ativos no Paraná, sendo 64 localizados em Curitiba e Região Metropolitana (RMC), de acordo com a União dos Escoteiros do Brasil (UEB). Para se tornar um escoteiro, basta se inscrever no site https://www.escoteiros.org.br/grupos-escoteiros/.

 

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