Curitiba é a capital com o menor número de cargos comissionados

A Incidência de cargos comissionados é a menor em relação ao número total de servidores entre todas as capitais do país

Por Leonardo Cordasso

Em 2018, as pesquisas de informações básicas municipais (Munic) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelaram que Curitiba é a capital com a menor incidência de cargos comissionados em relação ao número total de servidores da ativa entre todas as capitais do país. De acordo com o levantamento, cargos comissionados representam 1,4% de todo quadro direto ou indireto da administração de Curitiba, Belo Horizonte ficou com a segunda menor relação mantendo 1,58%, seguido por Goiânia 2,13% e Porto Alegre 2,28%, já a capital com a maior média foi Aracaju, onde a folha de pagamento chega aos 18,41% só com comissionados.

Apesar dos números apresentados pelo IBGE, o cientista político Rodrigo Alvarenga comenta que essa métrica não faz muito sentido. “Precisaríamos pensar no volume de trabalho e demanda de habilidades para exercício da função em questão”. Alvarenga comenta ainda que os cargos comissionados possibilitam uma contratação mais ágil e de confiança, mas por outro lado, a nomeação de comissionados está sendo distorcida e utilizada para nepotismo, moeda de troca.

O vereador Euler de Freitas Silva Júnior (PSD) afirma que os cargos comissionados são necessários, principalmente cargos de confiança que tragam autonomia para o prefeito, porém Freitas diz que a redução no número de comissionados é positiva. “Quanto mais você reduz, menor as chances de ocorrer barganhas entre o Executivo e o Legislativo”, argumentando que o encolhimento dos comissionados pode minimizar o problema de troca de favores por cargos, citado anteriormente também pelo cientista político.