As heroínas do cinema como forma de representatividade feminina

Cada vez mais as mulheres ganham espaço nos filmes de super-heróis. No último filme da Marvel, 14 heroínas fizeram parte do conjunto de heróis

A representatividade feminina no cinema pode ser encontrada nos filmes de super-heróis. Apesar de um número maior de heróis homens, heroínas desempenham papel fundamental nas tramas. No primeiro filme da saga “Vingadores”, de 2012, apenas uma heroína (Viúva Negra) representou as mulheres. Já no último filme lançado pela Marvel, “Vingadores: Ultimato”, participam 14 heroínas, mostrando uma preocupação da empresa em incluir personagens femininas nas tramas.

Vanessa Lima Matos colaboradora do The Feminst Patronum, blog sobre o empoderamento feminino no cinema, conta que heroínas podem ajudar no movimento feminista. “Existem muitas histórias de heroínas que passaram por dificuldades enfrentadas também por muitas mulheres em seu dia a dia, talvez de forma mais sutil, mas que ainda assim conseguem fazer com que as mulheres se identifiquem, independentemente de religião, etnia ou sexualidade. Isso pode ajuda-las a enxergar a sua própria força e a lutar pelos seus direitos”.

Para o especialista em cultura pop, Flávio Jayme, é essencial a representatividade que os filmes atuais desempenham. “Atualmente a representatividade é fundamental, principalmente em um meio que atinge um público tão grande. Hoje é absurdo pensar que a Marvel demorou 10 anos e quase 20 filmes para um herói negro chegar ao protagonismo. Ou que, da mesma forma, tenha demorado tanto tempo para uma heroína estrelar seu próprio longa. Ainda não temos heróis LGBTQ nem na Marvel nem na DC, e, acredita-se, que seja somente uma questão de tempo”.

Jayme ainda complementa que para uma parcela da população que normalmente não se vê representada, poder olhar na tela e ver um herói salvando pessoas e se identificar com sua raça, gênero ou sexualidade é de extrema importância.