O impacto das eleições no mercado financeiro

Como a corrida eleitoral interfere na especulação financeira
Por Alice Putti, Gabriela Küster, Guilherme Kruklis
A especulação financeira sempre entra em pauta em período eleitoral, neste ano os candidatos que disputam o cargo da presidência da república, têm posições antagônicas sobre diversas áreas, como a massificação de programas sociais; segurança pública; reforma da previdência e leis trabalhistas.
Jair Bolsonaro e Fernando Haddad se enfrentam no segundo turno, neste domingo (28 de outubro), além de divergirem em diversos assuntos a principal diferença de seus planos de governo aparece na polarização em princípios de direita e esquerda.
Bolsonaro, candidato pelo PSL, defende o liberalismo econômico e seu plano de governo menciona privatizações e concessões de empresas estatais para o pagamento de dívidas públicas. Segundo o doutor em economia Luiz Carlos Ribeiro Neduziak, a posição vantajosa do candidato aparentemente tem influenciado positivamente o mercado: “inclusive eu vi alguns investidores que tem migrado a carteira de investimento deles para empresas estatais que apresentem a possibilidade de serem privatizadas. Porque a expectativa é que se elas forem privatizadas, você tenha um processo de valorização desses ativos”.
Neduziak explica porque a bolsa brasileira tem sido valorizada após o resultado do primeiro turno e com à aproximação do segundo: “O mercado está muito relacionado com o candidato que tende a adotar políticas mais direcionadas para ele. Então são políticas com menos intervenção estatal, políticas mais voltadas a liberalização e a questão da liberdade individual. Então geralmente o mercado olha com bons olhos esse tipo de candidato”.