Como economizar comprando roupas

por Ex-alunos
Como economizar comprando roupas

Repagine o guarda-roupa sem ser consumista

Por Paula Moran e Thaís Mota

O consumismo é um vilão que pode destruir as economias de muita gente e que, muitas vezes, passa despercebido. A impulsividade faz com que as pessoas exagerem nos gastos com o vestuário, gastando mais do que podem com coisas que não precisam. O assunto, que é frequentemente tratado com ignorância pela população e traz consequências graves para a vida financeira de uma pessoa, tem de ser abordado desde cedo para evitar um dos problemas que mais afeta o brasileiro hoje: o bolso.

 

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A especialista em educação financeira Alessandra Albuquerque explica que um dos maiores índices de pessoas com problemas financeiros são as que têm problemas com o consumismo, que por não conhecerem o seu orçamento, não sabem o quanto gastam. “O descontrole, na maioria das vezes, resulta em gastos maiores do que a receita, e as compras em pouco tempo se tornam dívidas que crescem muito rápido. Com descuido, a dívida vira uma bola de neve, que só cresce e fica insustentável”. E alerta: “O prazer momentâneo de uma compra não compensa a dor de cabeça na hora de fazer as contas”.

De acordo com ela, é necessário ter um controle dos gastos mensais. Neste controle devem constar todas as despesas, começando pelas fixas e de mais impacto no orçamento, até as menores e variáveis. Em seguida, fica mais fácil determinar um valor para cada tipo de compra, como por exemplo, do vestuário, e gastar apenas um valor que caiba no orçamento e, a partir daí, é importante respeitar os limites.

Especialista dá dicas de como controlar as despesas

  • Uma dica é montar uma “wish list” em um mês, e fazer as compras no mês seguinte. Dessa forma é possível pesquisar preços, prever gastos e ainda repensar as compras, evitando a compra por impulso. Assim, você avalia se a compra é mesmo necessária e define as suas prioridades.

 

  • O primeiro gasto do mês deve ser sempre com você mesmo. Separe um valor estipulado para a economia e tire-o do seu campo de visão. Os gastos do mês devem ser considerados a partir de: receita – reserva = saldo disponível para compras.

 

  • Determine um valor a ser gasto em cada categoria. Por exemplo: vestuário: R$ 200,00.

 

  • Anote! Além de ter material para analisar no final do mês, isso faz com que você registre mentalmente e tenha maior consciência de onde seu dinheiro está sendo gasto.

 

  • Utilize aplicativos e plataformas de finanças pessoais. Hoje, podemos contar com apps que estarão sempre na mão para anotar todos os gastos e ainda classificá-los por categorias como: Educação, Transporte, Alimentação e Vestuário.

 

  • Dica de app: GuiaBolso (disponível na App Store e Google Play).

 

Brechó é a alternativa econômica de quem não quer perder o estilo 

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Sabe aquele casaco que você enjoou de usar e aquela vontade de comprar um novo, que não custe os olhos da cara? Por que não fazer uma venda com troca justa?

Os brechós não têm mais a fama de antiquário que tinham há alguns anos, muito pelo contrário, estão cada dia mais modernos, repletos, inclusive, de roupas de marca, que são as mais procuradas pelos clientes, de acordo com Ivone dos Santos, a dona de um dos vários brechós que tomam conta da rua Mateus Leme, em Curitiba.

“A grande procura é por roupas de marca, então o preço sai mais em conta, até mesmo pela crise, as pessoas tentam economizar e compram mais no brechó”, ela explica e ainda revela um pensamento que vale a pena refletir: “Às vezes você vai dar roupa para uma pessoa e ela não sabe aproveitar, então é melhor vender do que ficar acumulando algo que não te agrada mais”.

“Eu só me visto com roupa de brechó, quando não são daqui, são de outros”, conta a dona de uma das lojas Libélula na capital. Barbara Bueno relata que a venda e a sustentabilidade caminham juntas no négocio que, especificamente na loja da Mateus Leme, resgata peças antigas da tendência Vintage Retrô. Para ela, a sustentabilidade é um papel do brechó.

Conheça alguns dos brechós frequentados em Curitiba

Trinca Z

Serviço: Rua Trajano Reis, 576. De segunda a sexta das 11h às 19h. Sábado das 11h às 18h

– (41) 3308-5902.

Lavô Tá Novo

Serviço: Av. Vicente Machado, 666. Segunda a sexta das 11h às 19h. Sábado das 11h às 17h – (41) 995-235-659

Nova Garagem

Serviço: Rua México, 808, Bacacheri. De segunda a sexta, das 9h às 18h. Sábado, das 10h às 16h – (41) 3501-3387

Ateliê Vintage

Serviço: Av Manoel Ribas, 540. De segunda a sexta das 10h às 19h. Sábado, das 10h às 14h –  (41) 3019-4233.

Libélula

Serviço: De segunda a sexta das 9h às 19h, sábado das 9h às 15h. R. Coronel Dulcídio, 836 – Batel / Rua Mateus Leme, 291 e 302 – São Francisco / Av. República Argentina, 2475 – Portão / João Gualberto, 1600, Juvevê.

Balaio de Gato

Serviço: Rua Pres. Carlos Cavalcanti, 450, loja 6. De segunda a sexta das 10h às 18h. Sábado das 10h às 16h – (41) 3092-5319

Le Garrett 

Serviço: Rua Alcides Munhoz, 720, Mercês. De segunda a sexta, das 14h às 19h. Sábado, das 16h às 20h

Trocas e vendas pelas redes sociais revolucionam o jeito de consumir

Tem melhor lugar para anunciar um desapego e conseguir uma nova peça de roupa sem ser pelas mídias sociais?

Elas estão aí para tudo, seja para compartilhar momentos ou solucionar problemas. Com certeza alguém do seu Instagram estará interessado naquela blusa que você anunciar. Há a possibilidade de venda e até mesmo de troca se essa pessoa tiver uma peça que te agrada!

Além de sites mais conhecidos como o Mercado Livre e OLX , também existem outros crescendo cada vez mais, principalmente entre o público jovem. Entre eles, os mais populares são o Enjoei e o Repassa.

Aplicativos

Com a expansão tecnológica, os aplicativos não deixaram passar despercebidos! Na App Store ou Google Play você também encontra aplicativos de compra, venda e até mesmo de aluguel de roupas usadas.

Confira alguns deles:

Vitrine

Wardrobe

iBahia

Com a compra e venda de roupas usadas, você consegue desapegar, economizar, espalhar o consumo consciente e ainda sair feliz da vida!

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Reforma de roupas é solução para reaproveitar peças velhas

Youtubers e bloggers estão cada vez mais apostando no D.I.Y (Do It Yourself/Faça você mesmo) para reutilizar peças de roupas e acessórios velhos, e transformá-los em novas peças.


Moda sustentável e eco-fashion são as novas tendências

Você já se questionou sobre de onde veio a roupa que você veste?

Quem é que nunca comprou aquela peça de roupa dos sonhos que estava bem barata na loja sem nem se preocupar com o porquê do preço, que atire a primeira pedra. A curiosidade e a conscientização sobre os processos de produção na indústria da moda, que é a segunda mais poluente do mundo, têm se tornado assunto recorrente entre as pessoas envolvidas nesse ramo. É aí que entra a força de compartilhar com o resto do mundo e criar uma consciência geral sobre tudo aquilo que se passa em um processo de produção têxtil.

O termo fast fashion (“moda rápida”) indica o modo de produção e venda de muitos produtos a preços extremamente baixos, visando somente o interesse e os lucros das grandes empresas. Para que esses produtos sejam vendidos a valores tão baixos é necessário que os custos de produção sejam mais baixos ainda, formando assim, a cadeia dos 40 milhões de trabalhadores têxteis espalhados pelo mundo, dos quais a maior parte deles vivem em condições de miséria e recebem menos de dois dólares por dia de trabalho.

Além disso, as condições em que a produção têxtil trabalha para o fast fashion agridem o meio ambiente e a saúde dos fazendeiros nas plantações de algodão. Com a necessidade de produzir rápido e sem esperar o tempo natural de plantação e crescimento dos materiais, muitos produtos tóxicos são pulverizados nas plantações, contaminando o solo e o ar, sem contar com a liberação de gases tóxicos dos tecidos que não são biodegradáveis.

A Fashion Revolution Week, que acontece de 23 a 29 de abril, fala sobre a moda, consumo consciente e a necessidade de transformar essa indústria que movimenta cerca de 3 trilhões de dólares por ano. A busca por valores reais e conscientes na hora das compras acaba importando mais do que o preço que se pagaria em uma peça de roupa.

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Saiba mais sobre o assunto

Recomendações:

Livro Moda com Propósito, de André Carvalhal e o Documentário “The true cost”, dirigido por Andrew Morgan.

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