SUS aprova 10 novos tratamentos alternativos

por Ex-alunos
SUS aprova 10 novos tratamentos alternativos

Terapias implementadas aliviam o estresse e aceleram a recuperação dos pacientes

Por Caroline Deina, Heloisa Masetto, Luiz Guilherme Ribinski e  Natalie Bollis

No dia 12 de março, o Sistema Único de Saúde (SUS) aprovou a implementação de 10 novos tratamentos alternativos: apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição das mãos, ozonioterapia e terapia de florais. As terapias se juntaram às 19 que entraram em vigor a partir de 2006, quando foi criada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC).

A adição dos tratamentos alternativos foi anunciada pelo Ministro da Saúde, Ricardo Barros, durante o 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Saúde Pública. A justificativa do governo é de que as novas práticas irão desafogar o sistema de saúde e aliviarão a ansiedade e o estresse dos pacientes.

Os dados divulgados pelo Ministério da Saúde indicam que as terapias alternativas já estão sendo aplicadas em 3173 cidades em todo o Brasil, o que representa 57% do total. Sendo assim, cerca de 5 milhões de pessoas são beneficiadas pelos tratamentos todos os anos.

A medicina alternativa, ao contrário da tradicional, pode ser realizada por uma pessoa que tenha conhecimento sobre a área, mas que não necessariamente cursou Medicina, sem a utilização de remédios e fármacos tradicionais. 

Por essa razão, a decisão foi vista do Ministério da Saúde foi vista como precipitada por parte da comunidade médica, tendo em vista que a maioria das terapias implementadas no SUS não tem comprovação científica de sua eficácia.

No site do Conselho Regional de Medicina do Paraná há uma clara crítica aos novos tratamentos: “Essas práticas classificadas como medicina alternativa não têm comprovação científica e curam tanto quanto três pulinhos para cima atrás da porta. Só existe um tipo de medicina, a clássica, baseada em pesquisas, testada mundialmente e praticada por profissionais que cursaram mais de seis anos a faculdade de Medicina”.

Apesar das críticas, diversas pessoas relatam a eficácia dos tratamentos.

Páscoaly Cidral luta contra um câncer no fígado a alguns anos. Ela relata que em momentos difíceis, as práticas alternativas foram essenciais para sua recuperação. “Houve uma semana em que eu estava muito mal no hospital, achei que não sairia de lá viva. Então recebi reike, cromoterapia e acupuntura, e nesse período em diante foi muito revigorante”, conta.

Com a oferta das novas terapias, Páscoaly percebeu uma melhora física e psicológica. “Noto isso na acupuntura, algumas agulhas proporcionando o bem-estar de várias partes do corpo, dos pés à cabeça. Foi isso que me deu forças para sair do hospital” conta a paciente de 56 anos.

A psicóloga Karen Kleinkauff afirma que o estado psicológico do paciente é fundamental para a evolução dos tratamentos. “Assim como a saúde física pode exercer uma influência significativa sobre a nossa saúde mental, os fatores psicológicos (como pensamentos, emoções e comportamentos) exercem um forte impacto sobre a nossa saúde física”, explica a psicóloga. Ela também destaca que, quando debilitada, a saúde psicológica desempenha um papel importante na diminuição do funcionamento imunitário e no desenvolvimento de certas doenças.

As práticas alternativas favorecem desde tratamentos leves, como emagrecimento, até os mais graves, como câncer. Tudo isso de maneira orgânica. Mesmo com a rigidez do sistema tradicional da medicina, essas terapias têm ganhado espaço no mercado e mostrado pontos positivos para muitos pacientes.

Outros tratamento já oferecidos pelo SUS.

A musicoterapia e a quiropraxia são algumas das terapias alternativas que o Sistema Único de Saúde oferece a mais tempo. Confira mais informações sobre esses tratamento no Youtube e no Soundcloud.

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