Mapa mostra oportunidades de intercâmbio da PUCPR

Universidade oferece convênio com 33 países
Por Beatriz Mira
A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) realizou nesta terça-feira (23) mais uma edição do Simpósio PUC de Internacionalização (SPIN). A partir do evento o Portal Comunicare montou um mapa que ilustra todos os locais que possuem parceria de intercâmbio com a PUCPR. O SPIN reuniu acadêmicos nacionais e internacionais para discutir o processo de internacionalização promovido pela universidade.
Confira, no mapa abaixo, as oportunidades de internacionalização oferecidas pela PUCPR.
O professor Marcello Fantoni da Universidade de Kent em Ohio, Estados Unidos, introduziu aos presentes o foco principal da conferência, a impulsão da presença internacional gerada pela rede de contatos. O palestrante destacou a importância educacional gerada pela experiência no exterior e afirmou que o trabalho começa quando o intercambista chega à universidade. Ele afirmou, ainda, que a PUCPR é a parceria mais importante da Kent State, e ressaltou que tais parcerias devem ser vistas como um time, e não uma espécie de colonização.
Fantoni destacou que internacionalização não é igual para todos, e que devem ser criadas abordagens diferentes, ideais para cada cultura. O principal plano para a PUC é criar uma rede de parcerias com instituições que já trabalham com a Kent State. “Nós não temos medicina na Kent, mas nossa parceira na Coréia do Sul tem; então, colocamos a PUC em contato com ela, criando assim uma rede” explicou.
A segunda palestra do dia foi ministrada pelo diretor de relações internacionais da PUC e organizador do SPIN, professor Marcelo Mira. Segundo ele, ter um grande número de alunos internacionais não significa que a universidade é internacional. “Ser global é um hábito, não um ato” afirmou. Ele também ressaltou que muitos pensam que internacionalização é algo acessível para poucos, mas que na realidade o objetivo é juntar as pessoas da forma mais diversa possível.
Mira mostrou os valores fundamentais de seu projeto: Inclusão, igualdade, diversidade, inovação e solidariedade, e também lembrou o público que a internacionalização deve complementar, e não substituir a identidade local. O diretor então apresentou as propostas criadas por sua equipe para o futuro da PUCPR, como um campus bilíngue, a construção de dormitórios dentro da universidade e principalmente, a criação de uma rede entre todas as PUCs do Brasil, e com outras universidades de Curitiba.
Networking é importante
Após um intervalo, Melody Thankersley, também professora da Kent State, falou sobre a importância do networking, a criação de redes de contatos espalhados pelo mundo. Melody apontou a importância do uso de redes sociais e meios digitais para chamar a atenção do público mais jovem, e também lembrou que a diferença nos calendários acadêmicos entre os países deve ser explorada, com cursos de férias e programas para estrangeiros.
Ela afirmou que alunos de universidades internacionalizadas têm mentes mais abertas e possuem visão global do mundo. Para ela, a universidade deve ser um espaço não só de aprendizado de uma profissão, mas de desenvolvimento de senso crítico. “Jovens devem entender que da forma como vivemos, nossas ações afetam pessoas do mundo todo”, comentou.
PUCs debatem integração
O primeiro evento da tarde foi uma mesa redonda que reuniu os diretores de relações internacionais das PUCs de Minas Gerais, São Paulo, Campinas e Paraná, para que cada uma apresentasse suas propostas e desafios. Os professores Douglas Barros, Priscila Harumi e Rita Louback, contaram que seus maiores problemas são a falta de engajamento de professores e funcionários, o pequeno interesse de estrangeiros no Brasil, e a falta de participação dos alunos locais em iniciativas de internacionalização, como o English Semester (Disciplina que é dada apenas em inglês). Atualmente, a PUC Campinas oferece duas disciplinas em inglês, a PUC-SP oferece quatro, a PUC-MG está em 11 e a PUCPR oferece 60.
Alunos relatam experiência internacional
Os alunos François Somville, da Béglica, e Chiara Polo, da Itália, estão na PUCPR há um mês, e participaram do SPIN. François está estudando administração, e diz que escolheu o Brasil pois tinha muito interesse na cultura brasileira. Segundo ele, poucos europeus veem o que a América Latina têm a oferecer. Já Chiara estuda engenharia civil, e conta que escolheu o Brasil aleatoriamente, e foi muito bem surpreendida. “O povo de Curitiba é muito parecido com o italiano, me sinto em casa”, revelou Chiara.
A coordenadora de mobilidade Valesca Walesko lida diretamente com os alunos que estão chegando no país, e com os que estão indo. Ela conta que a maioria dos brasileiros têm preconceito com intercâmbios para a América Latina, e preferem universidades americanas ou europeias. Segundo a coordenadora, os franceses são os mais interessados em universidades brasileiras. Valesca destaca a importância, e o aumento no número de alunos estrangeiros que fazem intercambio na PUC, e voltam anos depois para um mestrado. “Nossos ex-alunos são os melhores publicitários para a universidade, seja aqui ou lá fora”, comentou.