Spotify: bandas questionam valor pago por músicas

Björk e Taylor Swift já fizeram queixas públicas
Por Fernanda Yumi Eleutério
O Spotify, serviço de streaming com pacotes gratuitos, é questionado por cantores pelos baixos valores pagos pelas músicas às gravadoras. Esse tipo de plataforma, que permite ao usuário escutar diversas músicas em um só aplicativo, está se popularizando e conquistando mais usuários no mundo todo.
Cantores relevantes do cenário musical mundial, como Björk e Taylor Swift, já se pronunciaram contra a política de remuneração da empresa, alegando que o montante reduzido desvaloriza o trabalho. Björk, que retirou as músicas da ferramenta afirmou que os álbuns são fruto de trabalho de anos, mas que, no canal de streaming, tornam-se gratuitos.
“Comparado ao CD físico, o valor é baixo, ainda mais se levarmos em conta que o valor para gravar um álbum ainda é bem alto”, diz o músico Caio Weber, vocalista da banda curitibana Cefa.
Estes serviços podem ser gratuitos para o usuário, mediante a inclusão de anúncios entre as faixas; ou pago, em pacotes que oferecem vantagens como o livre acesso às músicas sem anúncios. A maior vantagem na utilização é dispor de vasto repertório de músicas. Já para os aristas, a despeito da renda pequena que gera, o serviço é considerado um eficaz meio de divulgação do trabalho.
Bandas resistem em tirar músicas do aplicativo
Apesar da constatação dos valores baixos, alguns artistas resistem em deixar o aplicativo. Sse uma banda quer que seu trabalho seja divulgado, ela tem que usar todo tipo de plataforma, incluindo os serviços online”, diz Weber, da banda Cefa.
Isso ocorre porque, mesmo com o pouco lucro que recebe, a banda percebe que o novo meio de divulgação pode ser o futuro da música. “É uma ferramenta indispensável. Já faz um tempo que a internet tem sido o principal meio de divulgação das bandas e, agora, com serviços como o Spotify, isso só vai crescer”.