Táxi para animais ganha espaço em Curitiba

Carros são adaptados, com cintos ou caixas de transporte.
Jaqueline Dubas, Kátia Oliveira e Yngrid Camargo
O transporte de animais de estimação é um mercado que está se consolidando em Curitiba, com empresários se especializando no serviço. Já foi criado, por exemplo, o chamado “táxi-dog”, em que taxistas transportam animais para diversos lugares em um suporte especial, que correspondem ao tamanho do bicho. O deslocamento é voltado aos animais, mas, quando necessário, inclui o dono que precise acompanhá-lo.
O transporte de animais, com prioridade para cachorros, é uma opção para donos que não têm tempo ou precisam de um ambiente melhor e mais seguro durante o trajeto dos pets. Os motoristas atuam em Curitiba e região e levam os “passageiros” para localidades distintas. “O serviço é feito com muita responsabilidade. Levam-se os animais para clínicas, banho e tosa, para outros municípios e estados – isso quando necessário, quando o cliente não tem condição de levar”, conta Antônio Carlos de Oliveira, proprietário do Táxi Dog Castelo, localizado no bairro Boqueirão, em Curitiba.
Ele explica que a cobrança é feita de acordo com a distância e o tamanho do animal. “A cobrança é parecida com a corrida de táxi tradicional, em Curitiba o preço é negociável, pois são bairros próximos, mas, quando faço corrida para longe, é cobrado por quilometragem”.
Cristine Helen é protetora de animais e aprova o serviço. “Existem muitas pessoas que não possuem transporte, e esse é o único meio seguro para transportar animais, até porque não é comum carregar cachorros em ônibus”.
Um exemplo desta situação é o de Fabiana Sá, cliente do serviço e que o contratou exatamente por não ter um veículo para transportar um cachorro para a feira de adoção. Ela diz, ainda, que o carro é seguro para o animal.
Serviço não é regulamentado
Por ser um negócio recente e em crescimento, o transporte de animais não conta com nenhuma regulamentação, ao contrário, por exemplo, do que ocorre na condução de pessoas. Segundo a Urbanização de Curitiba (Urbs), não há, ainda, nenhuma regra para esse transporte que esteja ligada ao órgão.
A opção, então, é seguir as orientações do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e formalizar o serviço na Prefeitura. Dono do Táxi Dog Castelo, Antônio Carlos de Oliveira seguiu as orientações do Sebrae, formalizou o serviço e possui o alvará da prefeitura, para um trabalho com mais segurança e tranquilidade.
Carros são adaptados para receber animais
Para o transporte dos animais, o veículo é adaptado, pois é preciso dispor de um suporte aos caninos, para que não fiquem soltos no banco traseiro do automóvel. Assim, é necessário haver caixas nas quais os animais são colocados.
“No carro, tenho cintos de segurança próprios para os cães. Alguns donos preferem que seus ‘bebês’ andem nas caixas de transporte; outros preferem no cinto”, conta a proprietária do Pet Hotel São Francisco, Maris Schenkel, que faz viagens levando e trazendo os animais para o Pet Hotel
O dono deve enviar, junto com o animal, guia, coleira, ração e os documentos do pet, além de remédios, explica Maris. “Em relação aos cães que têm problemas de vomitar no transporte, eu oriento ao proprietário não dar alimentação e dar umas gotas de Plasivet, que não deixa eles ficarem indispostos”.
Outra dica é escolher horários menos quentes do dia para fazer esses trajetos e não se esquecer das paradas no caminho, para que o pet tome água e faça as necessidades.
Os animais são transportados em caixas que correspondem ao seu tamanho para mais segurança.