Ano de 2024 registra a menor média de acidentes aéreos desde 2021

Comparativo de anos anteriores mostra queda no número de acidentes envolvendo o transporte aéreo
No dia 9 de agosto de 2024, um acidente aéreo chamou a atenção dos holofotes das mídias, o voo comercial 2283 da companhia Voepass, que saiu do interior do Paraná (Cascavel) e teve sua queda em Vinhedo (Sp). O ocorrido fez com que fosse questionada a segurança das aeronaves, onde muitos não se sentem aptos a viagens aéreas devido ao enfoque e a grande cobertura da imprensa sobre o acidente. Porém os dados levantados mostram uma queda cada vez maior com o passar dos anos, e o Paraná está entre os estados com número baixo de viagens resultantes em acidentes levando em consideração a taxa nacional.
Gráfico de acidentes aéreos do Brasil
Fonte: painel Sipaer
Baseando-se na linha do tempo apresentada no gráfico é notório que a quantidade de acidentes vem diminuindo exponencialmente nos últimos 10 anos e que as fatalidades envolvendo esses acidentes vem em diminuição, demonstrando que cada vez mais as viagens aéreas se aprimoram em questões de segurança.
No Brasil foram registrados cento e dez acidentes aéreos em 2024 sendo destes somente vinte e oito acidentes fatais, segundo melhor número registrado desde 2014, mostrando uma queda expressiva e uma melhora notável nas linhas
aéreas.
O estado do Paraná encontra-se em estado de destaque, pois no ano de 2024 apresentou somente 2 acidentes aéreos, sendo o menor número registrado nos últimos 10 anos, nesse período de tempo constata-se ser também o ano com numero nulo de fatalidades registradas.
Gráfico de acidentes do Paraná
Fonte: painel Sipaer
Podemos ver também através do gráfico que desde 2021 o estado do Paraná registra acidentes aéreos abaixo dos dois dígitos, onde em todos anos anteriores (Período correspondente 2014-2024) tivemos um número acima de 10.
Realizando analises mais aprofundadas constata-se que entre diversas probabilidades menores, a maioria dos acidentes se dá devido a mal funcionamento e questões climáticas.
Existem diferenças nas medidas de segurança de um voo executivo para um popular?
Embora voos comerciais sejam mais regulados por autoridades de aviação civil, os voos privados têm mais flexibilidade, mas ainda precisam cumprir normas de segurança. Operadores de voos executivos podem realizar avaliações de risco personalizadas para garantir a segurança dos passageiros.
Segundo o piloto executivo, Emerson Ferreira: “A maioria dos aviões são construídos, preparados e equipados com sistemas para voar em condições adversas de clima. Após as investigações, também existe a possibilidade de serem feitas melhorias nos sistemas, a fim de aumentar ainda mais a segurança de voo.”
Gráfico de acidentes por mau funcionamento no Paraná(2014-2019)
Fonte: painel Sipaer
Segundo uma porcentagem, uma quantidade considerável de acidentes aéreos prove de mau funcionamento, porém, esse número mesmo trata-se de uma somatória de 5 anos mostrando que as falhas anuais não são fatos recorrentes e que na realidade essas falhas são exceções a situações comuns.
As medidas de segurança tem sido cada vez mais introduzidas nas aeronaves e refletidas em sua tripulação. O treinamento mais eficaz de pilotos em relação a segurança e a fiscalização realizada pela ANAC e também pelas próprias empresas de aviação buscam proporcionar cada vez mais segurança para os passageiros, e um estudo realizado pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology) aponta que o risco de morte em um avião comercial é de 1 em 13,7 milhões, onde no Brasil o risco é ainda menor, 1 em 80 milhões.